Eleições 2022

Danilo Cabral rebate acusações sobre suposto uso da máquina pública para sua campanha

Advogados de Marília Arraes pediram ao MPE a abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral para reprimir a prática de abuso de poder político

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Mirella Araújo

Publicado em 23/09/2022 às 19:49 | Atualizado em 26/09/2022 às 15:13
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O candidato a governador de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), rebateu as acusações feitas por sua adversária, a candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade), sobre o suposto uso da máquina pública para a sua campanha. 

Por meio de nota, enviada pela equipe de campanha do parlamentar socialista, Danilo Cabral afirmou "desconhecer a origem do documento", que indicaria a convocação de 3 mil "voluntários", alocados nas secretarias estadual e municipal, para atuarem nas zonas eleitorais do Recife no dia 2 de outubro

"Sobre o documento, a Frente Popular desconhece a origem e reforça que sempre cumpriu a Legislação Eleitoral e seguirá cumprindo. A campanha, desde o início do processo eleitoral, recebe de militantes e eleitores sugestões de atuação, sem a obrigatoriedade de acatá-las. A Frente Popular rechaça qualquer tentativa desesperada de ataque e maculação da campanha", destacou a nota.

O posicionamento de Danilo Cabral, veio logo após a publicação de que a coordenação jurídica da chapa Pernambuco na Veia, formada pela candidata Marília Arraes (SD), o candidato ao Senado, André de Paula (PSD), e o candidato a vice, Sebastião Oliveira (Avante), havia impetrado com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE), nesta sexta-feira (23). 

De acordo com os advogados de Marília Arraes, com base no vazamento de uma planilha, denominada de "Dia D", secretários do Governo de Pernambuco, da Prefeitura do Recife, e presidentes de estatais estariam disponibilizando o quantitativo de comissionados para atuarem no dia da eleição, fazendo uma mobilização a favor da campanha de Danilo Cabral

“Nos documentos revelados pela imprensa há a intenção explícita de utilização da máquina pública estadual e municipal para favorecimento da candidatura de Danilo Cabral, com convocação de ocupantes de cargos comissionados ou terceirizados, o que configura violações do princípio da isonomia e da normalidade e legitimidade do pleito”, explicou o coordenador jurídico da coligação Pernambuco na Veia, Walber Agra.

Os advogados de Marília Arraes afirmaram na representação que servidores vinculados à Secretaria de Educação e à Junta Comercial de Pernambuco estariam sendo ameaçados de exoneração por se negarem a participar da convocação.

Eles pediram ao Ministério Público Eleitoral a abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral para reprimir a prática de abuso de poder político e captação ilícita de votos. Além disso, também solicitaram a instauração de inquérito policial e consequente deflagração de Ação Penal contra os responsáveis pelas práticas ilícitas.

 

 

 

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