ELEIÇÕES 2022

Ministério da Defesa diz que só vai apresentar relatório sobre as urnas eletrônicas depois do 2º turno

O Ministério da Defesa afirmou que nenhum relatório preliminar de avaliação sobre o sistema eleitoral feito pelos militares foi entregue a candidatos ou partidos até agora.

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 19/10/2022 às 21:55
Antonio Augusto/Secom/TSE
Militares analisam código-fonte das urnas eletrônicas - FOTO: Antonio Augusto/Secom/TSE
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Após ser pressionado por uma ação movida pelo partido Solidariedade junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pedia a entrega dos resultados da análise feita pelo Ministério da Defesa sobre o funcionamento das urnas eletrônicas, o órgão ministerial comunicou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (19) que o trabalho ainda não terminou.

O Ministério da Defesa comunicou ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que o relatório final sobre a fiscalização só será concluído após a votação do segundo turno. O Ministério garante que nenhum relatório preliminar de avaliação sobre o sistema eleitoral foi entregue a candidatos ou partidos até agora.

Defesa diz que irá entregar o relatório em até 30 dias após o segundo turno

No ofício encaminhado ao TSE, a pasta afirma que o trabalho de análise é feito por militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea, especialistas sistemas de tecnologia da informação. Em trecho do ofício, divulgado pelo portal de notícias G1, consta que "Tal relatório será encaminhado ao TSE em até 30 dias após o encerramento da etapa 8 do Plano de Trabalho. Assim sendo, convém esclarecer que, devido à atual inexistência de relatório, não procede a informação de que ocorreu entrega do suposto documento a qualquer candidato". As colunistas do G1 Andréia Sadi e Júlia Duailibi informaram que as conclusões da auditoria já haviam sido entregues ao presidente Jair Bolsonaro. 

Apesar de Bolsonaro ter feitas inúmeras críticas colocando sob suspeita a eficiência e integridade da urna eletrônica, sem nunca ter apresentado provas sobre isso, o Ministério da Defesa achou por bem não revelar se encontrou alguma irregularidade ou se, como outros órgãos de fiscalização já fizeram, não encontraram nada de errado no  funcionamento das urnas eletrônicas, sistema que já é utilizado no Brasil há 26 anos.

Bolsonaro se esquiva e não tem mais pressa na divulgação do relatório


Apesar de declarar, no dia da votação do primeiro turno, que iria aguardar o relatório das Forças Armadas para se posicionar sobre a eficácia das urnas eletrônicas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta,( mesmo dia em que a Defesa informou que não irá divulgar relatórios "parciais") que não tem auditoria feita pelos militares.

Segundo o portal G1, na noite do dia 2 de outubro, após a definição de que Lula iria enfrentá-lo no segundo turno das eleições, o presidente falou com jornalistas na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada e, sobre como viu o desempenho do sistema eleitoral na votação, disse: "Vou aguardar o parecer aqui das Forças Armadas que ficaram presentes hoje lá na sala cofre. Repito, elas foram convidadas a participar, integrar uma comissão de transparência eleitoral. Então isso aí fica a cargo do ministro da Defesa", disse Bolsonaro.


 

 

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