Após apoiar Marília Arraes em 2020, Túlio Gadêlha oficializa apoio a candidata Raquel Lyra para o Governo de Pernambuco
O deputado federal Túlio Gadêlha afirmou que estará empenhado em eleger Raquel Lyra governadora de Pernambuco e Lula presidente
Conforme havia anunciado mais cedo pelas redes sociais, o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede), oficializou que vai apoiar à candidata Raquel Lyra (PSDB) para o Governo de Pernambuco. Eles estiveram reunidos com diversas lideranças, na tarde desta terça-feira (25), para comunicar a adesão do parlamentar ao palanque da ex-prefeita de Caruaru.
Apesar de Raquel Lyra ter decidido manter-se neutra neste segundo turno, sem declarar em quem irá votar para presidente da República, Túlio Gadelha afirmou que em Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficará sem palanque.
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“Vamos eleger Raquel governadora e Lula presidente. Deixamos Bolsonaro sem palanque nesse segundo turno, e com isso vamos impor uma grande derrota à extrema-direita nessa reta final. Precisamos construir pontes. No futuro governo do presidente Lula, precisaremos dialogar com muita gente de diversos campos", declarou o parlamentar da Rede.
"Raquel é uma jovem liderança do PSDB em ascensão, precisaremos do PSDB para governar o Brasil, assim como precisamos abrir esses canais de diálogo para trazer investimentos e desenvolver Pernambuco”, afirmou Túlio.
A candidata a governadora Raquel Lyra agradeceu o apoio recebido e destacou que o momento requer respeito as diferenças e unidade em torno do Estado.
“Que o nosso estado seja um estado diverso, plural, que respeite as diferenças, a diversidade. Temos a necessidade de unir Pernambuco e esse gesto de Túlio e dos seus demonstra isso, que o que nos une é maior do que o que nos separa. Chegamos aqui construindo junto com as pessoas, de baixo para cima, e nunca em torno de uma eleição, mas, sim, pelo futuro das próximas gerações”, declarou a postulante.
Túlio Gadelha, que nas eleições municipais de 2020, apoiou a candidatura de Marília Arraes para a Prefeitura do Recife, disse que esta seria grande oportunidade de uma mudança significativa dos rumos do estado com Raquel Lyra.
Ele destacou que os responsáveis pela atual gestão - referindo-se ao PSB e, consequentemente sobre o apoio do governador Paulo Câmara - estariam distantes do palanque da candidata.
POSIÇÃO DO PARTIDO
A decisão do parlamentar, que foi reeleito para o seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, não é unânime dentro do partido. No entanto, ele explicou que os integrantes estavam liberados para escolherem seus apoios para o Governo Estadual, desde que fosse mantido o apoio ao ex-presidente Lula (PT), na esfera nacional.
"Não estou indo contra a decisão do meu partido nessa escolha, estou exercendo o meu direito de escolher em quem acredito ter mais capacidade política e administrativa para governar Pernambuco. Essa é uma das belezas da democracia, conseguir dialogar e construir pontes, inclusive, ao lado dos que pensam diferente", relatou.
A decisão de Túlio Gadêlha causou reação nas redes sociais. Muitos usuários disseram estar decepcionados com o posicionamento adotado por ele neste segundo turno, acusando-o de desrespeitar a orientação da federação Rede-PSOL.
"Queridos, podem bater. Estou aqui pra isso. Mas quero dizer uma coisa: muita gente vota em Raquel e Lula. Eu só fui oq teve coragem de falar. Precisamos ampliar nossa base se Lula quiser governar. Ou a gente dialoga com PSDB, MDB, etc, ou o Congresso ficará nas mãos dos bolsonaristas", publicou no Twitter.
O presidente da federação Rede-PSOL, Tiago Paraíba, afirmou repudiar a decisão tomada por Gadêlha, e reforçou que a deliberação feita pelos partidos foi em apoio a candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade). "Por entender que neste segundo turno a tarefa principal é eleger Lula e derrotar o bolsonarismo e quem faz aliança com esse setor", explicou o dirigente.
"Como presidente da Federação PSOL-REDE em PE, manifesto meu repúdio à posição deputado Federal Túlio Gadelha, que declarou apoio a Raquel Lyra, desrespeitando a deliberação coletiva da Federação de não apoiar quem traz em seu palanque bolsonaristas como os Collins e Tércios", disparou Tiago.