PRESIDÊNCIA

Miriam Belchior, Gleisi, Mercadante e anti-Lava Jato na equipe de transição do governo Lula

A nomeação de Miriam Belchior consta de Diário Oficial da União (DOU) extra da quinta-feira (10) à noite

Agência Estado
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Publicado em 11/11/2022 às 22:01
SERGIO LIMA / AFP
NOVIDADE Alckmin nomeia Miriam Belchior para transição e formaliza Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante - FOTO: SERGIO LIMA / AFP
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Coordenador da equipe de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, nomeou a ex-ministra Miriam Belchior para exercer cargo especial na equipe de transição, sem ainda especificar qual função assumirá. Como o Broadcast vem informando, porém, a expectativa do setor de infraestrutura é que ela fique à frente dessa área durante o processo de passagem entre o governo atual e o novo.

A nomeação de Miriam Belchior consta de Diário Oficial da União (DOU) extra da quinta-feira (10) à noite.

Na mesma edição, Alckmin formaliza a participação da presidente do PT, Gleisi Hoffman, do ex-ministro Aloizio Mercadante e do ex-deputado Floriano Pesaro como coordenadores dentro do gabinete de transição. Pesaro será coordenador executivo, Gleisi cuidará da Articulação Política e Mercadante, dos Grupos Técnicos.

De acordo com a publicação, Gleisi e Mercadante irão trabalhar na transição como voluntários, diferentemente dos demais que ganham cargos formais para atuar.

Além de Belchior, Alckmin ainda nomeou na quinta-feira três outros nomes para cargo especial de transição governamental. São eles: Márcio Fernando Elias Rosa, que foi procurador-geral de Justiça de São Paulo; Pedro Henrique Giocondo Guerra; e Fábio Rafael Valente Cabral.

Os nomes anunciados na quinta por Alckmin ainda não foram formalizados no Diário Oficial. Na lista, o coordenador incluiu nomes como os dos ex-ministros Guido Mantega, para o tema Planejamento, Orçamento e Gestão, e Paulo Bernardo, para a área de Comunicação.

ANTI-LAVA JATO

O grupo Prerrogativas, formado por 400 juristas - parte deles advogados de réus da Lava Jato -, deve ocupar pelo menos quatro vagas formais nas equipes temáticas do governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O coletivo é conhecido pelo perfil crítico ao que classifica como "excessos" da operação, que levou o petista à cadeia por 580 dias.

O Estadão apurou que os advogados devem propor projetos de remodelação do sistema de Justiça, como a criação de uma lista sêxtupla para escolha do procurador-geral da República e a mudança na composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

MINORIAS

O coordenador do grupo, Marco Aurélio de Carvalho, integrará o subgrupo de "Integridade e Controle" dentro da estrutura que vai debater Justiça e Segurança Pública na transição. O jurista Alvaro Gonzaga deve cuidar do núcleo de questões indígenas; Fabiano Silva dos Santos, da Previdência; Vinicius de Carvalho atuará na Infraestrutura e Sheila de Carvalho deve ser designada para tratar das pautas de Igualdade Racial e Segurança Pública. Na terça-feira, Sheila fez uma cobrança pública sobre a falta de representatividade das minorias na equipe de transição.

"O combate ao racismo precisa ser pauta no novo governo. Onde estão os quilombolas e indígenas na transição de governo? As pessoas negras no debate ambiental? Não estou vendo na transição", escreveu Sheila, que pertence ao Coalizão Negra por Direitos, em mensagem no Twitter.

 

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