TRANSIÇÃO

Integrante da equipe de transição de Lula, Marília Arraes afirma que novo governo voltará a priorizar o Desenvolvimento Regional

Marília Arraes também criticou criticou novos cortes do governo Bolsonaro que comprometem o acesso à água para mais de 1,6 milhão de pessoas

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 23/11/2022 às 18:07 | Atualizado em 25/11/2022 às 15:21
RENATO RAMOS/JC IMAGEM
"Quando a gente fala em 1 milhão de cisternas, muita gente do Sul e Sudeste não entende, mas é uma questão de sobrevivência para o povo nordestino ter carro-pipa", disse Marília Arraes - FOTO: RENATO RAMOS/JC IMAGEM
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Um dia após ter sido anunciada como integrante da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) destacou quais prioridades devem nortear o grupo de trabalho na área de Desenvolvimento Regional.  

De acordo com a parlamentar e ex-candidata a governadora do Estado, desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), o país teria deixado de priorizar a diminuição das desigualdades entre as regiões. 

 

"Houve falta de verba para carro pipa, para a própria Transposição, que aconteceu o restinho que precisava, mas que a gente vê a dificuldade de se chegar água nas torneiras. Claro que muitas vezes por inoperância dos governos estaduais, e por falta de um investimento direcionado nesse sentido", criticou Marília Arraes, em entrevista ao programa Passando a Limpo da Rádio Jornal, nesta quarta-feira (23). 

A deputada federal do Solidariedade criticou novos cortes feitos pelo governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que devem comprometer o acesso à água para mais de 1,6 milhão de pessoas. 

"Quando a gente fala em 1 milhão de cisternas, muita gente do Sul e Sudeste não entende, mas é uma questão de sobrevivência para o povo nordestino ter carro-pipa", disse Marília, durante outra entrevista, concedida, também nesta quarta-feira,  aos jornalistas Josias de Souza e Diego Sarza, do UOL e da Folha de São Paulo

Só em Pernambuco são 529 mil pessoas, distribuídas em 105 cidades, que estão aptos para receber água da operação carro-pipa e que podem ficar sem o atendimento já na segunda quinzena deste mês.

Questionada sobre os “afagos” do presidente Bolsonaro aos nordestinos durante a campanha eleitoral, Marília Arraes destacou que a população sempre reconheceu em Lula um político que ajudou no desenvolvimento da região e por isso, não se deixou iludir.

“Bolsonaro fez afagos ao Nordeste de olho nos votos de nossa gente, mas afago não adianta para quem tem sede, para quem voltou a ter fome. O povo nordestino sabe muito bem a realidade que vive e o quanto mudou depois que o governo Bolsonaro começou”, concluiu.

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