ATAQUES

ATAQUES EM BRASÍLIA: número 2 da segurança diz à PF que Anderson Torres deixou o Brasil e não repassou nenhuma orientação

Torres não o apresentou aos comandantes das forças policiais do DF antes de viajar e ficou combinado que o então secretário-executivo seria acionado em caso de necessidade

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 19/01/2023 às 16:46 | Atualizado em 19/01/2023 às 16:47
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Anderson Torres foi preso pela PF em Brasília após chegar dos EUA - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do Estadão Conteúdo

O ex-número 2 de Anderson Torres na Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal, Fernando de Sousa Oliveira, disse em depoimento à Polícia Federal nesta quarta (18), que seu superior saiu de férias sem lhe repassar diretrizes específicas para o cargo. Torres viajou aos EUA poucos dias antes dos atos golpistas realizados em Brasília em 8 de janeiro.

Ele disse que assumiu a secretaria executiva da SSP em 3 de janeiro e, dois dias depois, Torres o avisou que iria viajar no final de semana e deixaria aprovado o planejamento de segurança para as manifestações dos dias 6, 7 e 8.

Oliveira ainda disse que Torres não o apresentou aos comandantes das forças policiais do DF antes de viajar e ficou combinado que o então secretário-executivo seria acionado em caso de necessidade.

Em relação à área de inteligência, Oliveira disse que recebia informes em tempo real por meio de grupos no WhatsApp, mas que haviam poucas mensagens sobre radicais, "a grande maioria advinda de rede social e não de acompanhamento in loco". Ele disse que as informações em campo apontavam para um ambiente controlado e tranquilo, em termos como "normalidade", "tudo normal" e "policiamento reforçado".

Todas as informações prestadas por Oliveira ao governador, de acordo com seu depoimento, teriam sido extraídas desses grupos.

Os relatos de tranquilidade seguiram até as 13h do domingo (8),  segundo ele. Até então, "as forças de segurança não reportaram nenhum movimento atípico, inclusive com imagens de poucas pessoas na esplanada dos ministérios", afirmou Oliveira no depoimento.

 

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