O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil) deverá ser o relator do projeto que propõe uma nova âncora fiscal em substituição ao atual teto de gastos. A escolha foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que segundo fontes ouvidas pela Folha de S. Paulo, desejava um perfil de oposição ao governo Lula para negociar a proposta.
O União Brasil, apesar de integrar o governo federal com os ministérios do Turismo (Daniela Carneiro), de Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Goés), e de Comunicação (Juscelino Filho), possui uma racha em sua bancada com relação aos parlamentares que fazem oposição ao líder petistas e os que apoiam o governo.
“Como deputado eleito estarei, em Brasília, na oposição, trabalhando pelo Brasil e defendendo os interesses dos pernambucanos", declarou Mendonça Filho, após a validação das urnas pela vitória do presidente Lula, no segundo turno das eleições.
O parlamentar, inclusive, não tem poupado críticas às medidas tomadas pelo governo federal. Sobre os ataques de Lula ao Banco Central por causa dos juros, Mendonça disse que o presidente da República “continua conspirando contra a estabilidade econômica” e que ele estaria querendo “reviver o desastre econômico da gestão de Dilma”, disparou.
Em 2016, Mendonça Filho votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Já no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), ele assumiu o Ministério da Educação. Hoje, o parlamentar continua defendendo a postura independente do partido no Congresso Nacional.
Ainda de acordo com as informações publicadas pela Folha de S. Paulo, a nova regra fiscal, desenhada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), servirá como um balizador para suas políticas até o fim do mandato, quanto para o mercado.
O Projeto de Lei Complementar, que deverá ser enviado ao Congresso até abril deste ano, precisa do voto favorável de 257 deputados federais e 41 senadores para que seja aprovado.
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