VOTO FEMININO

VOTO FEMININO: 93 anos do início de uma mudança na política

Nesta data há 93 anos era criado o Projeto de Lei que iria permitir as mulheres a votar

Imagem do autor
Cadastrado por

Tainá Alves

Publicado em 03/11/2023 às 18:58
Notícia
X

Nesta sexta-feira três de novembro é data que marca 93 anos de uma conquista de histórica para as mulheres no Brasil, o Dia da Instituição do Direito de Voto do Feminino. Nesta dia em 1930 era criado o Projeto de Lei que iria permitir as mulheres a votar. Porém o reconhecimento só ocorreu em 1932 com Código Eleitoral Brasileiro, mas só passou a fazer parte da constituição em 1934. No inicio o voto feminino era facultativo apenas em 1965 se tronou obrigatório.

"Esse foi o primeiro passo para um processo de ampliar a representação política da mulher, sobretudo a partir de uma visão de que mulheres e homens têm o mesmo espaço, devem ter o mesmo espaço e ocupar de maneira igualitária os diversos espaços de poder na sociedade, não apenas do poder político, de representação de instituições políticas, mas em geral, ter acessos iguais à garantia de que isso ocorra", disse a cientista política Priscila Lapa.  

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 52% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres, porém na representação política a quantidade de homens ainda é predominante. Em Pernambuco resultados das eleições de de 2022 temos apenas três deputadas federais em uma bancada de 25 parlamentares: Maria Arraes (Solidareidade), Clarissa Tércio (PP) e Iza Arruda (MDB)

Já na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) temos dos 49 deputados, porém só seis são mulheres: Dani Portela (PSOL), Débora Almeida (PSDB), Gleide Ângelo (PSB), Rosa Amorim (PT), Simone Santana (PSB) e Socorro Pimentel (União.)

Para a deputada Débora mulher vem tentando ganhar espaço, mas não é fácil.

"Temos o exemplo da nossa Alepe, onde somos somente seis deputadas. Mesmo essa “inferioridade” numérica não é um impedimento para termos um trabalho séria e consistente, estamos prontas e preparadas para assumirmos nossos lugares dentro da política em qualquer esfera. A mulher sabe fazer a boa política, baseada no debate e na proposição de ideias que tem como foco a melhoria da vida de toda a população”, destacou. 

Por outro lado também foi no pleito de 2022 o Estado elegeu pela primeira vez uma chapa feminina para governar o Estado com Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania), e uma senadora, Teresa Leitão (PT).

Para a cientista Priscila muitas coisas ainda precisam evoluir principalmente na cultura política e no comportamento das pessoas perante o processo de igualdade. 

"Hoje esse tema estar sendo pautado na agenda da sociedade e, portanto, a sociedade cobrar que isso aconteça de maneira ampla na esfera política. Então, com certeza, é a partir da instituição normativa que a gente consegue alavancar mudanças de comportamento na sociedade, é um dos caminhos para fazer isso e a instituição do voto feminino, sem sombra de dúvida, é um exemplo claro de que você institui um marco legal e vai construindo um caminho para mudanças que são necessárias na sociedade", explicou. 

Tags

Autor