CORREÇÃO

Polícia Federal não apreendeu computador da Abin com Carlos Bolsonaro

Jornalista da GloboNews corrige informação sobre apreensão de equipamento da Agência Brasileira de Inteligência

Imagem do autor
Cadastrado por

JC

Publicado em 29/01/2024 às 18:38
Notícia
X

Após divulgar que a Polícia Federal (PF) apreendeu um computador da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) em um dos endereços de Carlos Bolsonaro, nos quais foram realizados mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (29), a jornalista Daniela Lima, da GloboNews, corrigiu a notícia e informou que o computador foi encontrado na residência de uma outra pessoa investigada pela PF.

De acordo com a nova informação, o equipamento, na verdade, teria sido encontrado na casa do militar Giancarlo Gomes Rodrigues - que atuou como assessor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), quando ele esteve à frente da ABIN no governo de Jair Bolsonaro.

Como a esposa de Giancarlo é servidora da Agência Brasileira de Inteligência, a Polícia Federal apreendeu o computador para fazer a devida perícia para investigar quem utilizava o aparelho. "Giancarlo Gomes Rodrigues, por determinação do Dr. Alexandre Ramagem, teria feito monitoramento injustificado do advogado Roberto Bertholdo, que teria proximidade com os ex-deputados Joice Hasselmann e Rodrigo Maia, à época tidos como adversários políticos do governo", dizia uma trecho dos autos do processo.

Buscas da Polícia Federal

A operação é um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que vasculhou 21 endereços no último dia 25. O principal alvo da ofensiva foi o ex-diretor da ABIN na gestão Bolsonaro e hoje deputado federal Alexandre Ramagem. A investigação se debruça sobre a suspeita de que a ABIN teria sido usada ilegalmente para atender a interesses políticos e pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua família.

Segundo a PF, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Entre eles, em Angra dos Reis, onde o clã passa férias desde o início de janeiro; na residência de Carlos Bolsonaro na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio; no gabinete do vereador, na Câmara Municipal do Rio; em Formosa (Goiás) e em Salvador (Bahia).

Ao pedir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer buscas em endereços ligados ao vereador Carlos Bolsonaro, a PF afirmou que ele fez parte do "núcleo político" do grupo que teria se instalado na ABIN no governo do ex-presidente. A PF chama os investigados de "organização criminosa" e vê indícios de espionagem ilegal e aparelhamento dos sistemas de inteligência.

O vereador ainda não se manifestou. A Polícia Federal apreendeu computadores e o celular dele nesta segunda-feira (29).

A conversa foi descoberta a partir da quebra do sigilo telefônico e de mensagem de Ramagem na Operação Vigilância Aproximada. Segundo a Polícia Federal, o ex-diretor da ABIN teria "incentivado e acobertado" o suposto esquema de arapongagem.

Tags

Autor