ELEIÇÕES DE 2026

Lula fala em concorrer à reeleição se disputa for contra 'troglodita'

"Não permitirei que o Brasil seja novamente governado por negacionista", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista

Imagem do autor
Cadastrado por

Estadão Conteúdo

Publicado em 18/06/2024 às 21:05 | Atualizado em 18/06/2024 às 21:09
Notícia

Sob críticas na área econômica e enfrentando cenário adverso no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta terça-feira (18), que tem planos de concorrer à reeleição em 2026. Embora tenha dito que precisa avaliar seu estado de saúde antes de decidir se tentará um novo mandato, o petista afirmou, em entrevista à rádio CBN, que pode ser candidato "se for necessário para evitar que trogloditas voltem a governar". "Não permitirei que o Brasil seja novamente governado por negacionista", disse.

"Não quero discutir eleição e reeleição porque tenho apenas um ano e sete meses de mandato, quero cumprir aquilo que prometi ao povo brasileiro. Quando chegar o momento de discutir, tem muita gente boa para ser candidato, não preciso ser candidato. Agora, presta atenção no que vou te falar: se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram voltem a governar, pode ficar certo que meus 80 anos virarão 40 e eu poderei ser candidato", afirmou Lula sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou seu grupo político. Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Fragilizado

Na entrevista, Lula afirmou que o Congresso "se empoderou demais" nos últimos anos, enquanto o Executivo "tem ficado fragilizado na arte de exercer o Orçamento da União". Sobre o Parlamento de perfil mais conservador, o presidente negou que tenha subestimado o papel dos congressistas, mas admitiu falta de experiência com a extrema direita nos temas pautados. "Não tínhamos experiência com extrema direita ativista como temos hoje, pouco pragmática na política, mas muito pragmática nas mentiras."

O petista cobrou do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e dos líderes do governo que conversem mais com o Congresso. "Nós só temos 70 deputados, a minha base de esquerda deve ter 140, e nós temos 513 deputados. Tem que negociar? Tem. Padilha tem que conversar mais? Jaques Wagner tem que conversar mais? Tem. José Guimarães tem que conversar mais? Tem. Randolfe tem que conversar mais? Tem."

 

Tags

Autor