ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Ciro Gomes afirma que 'janjismo' projeta derrota do governo nas eleições

Sobre suas apostas para possíveis postulantes em 2026 no campo da direita, Ciro deu opinião sobre alguns nomes, mas se colocou fora da disputa

Publicado em 24/06/2024 às 20:17
Notícia

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) afirmou que o "janjismo" via atrapalhar as eleições municipais deste ano, referindo-se à atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Ele também elogiou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ao dizer que o bolsonarista "tem dotes" para disputar a Presidência da República em 2026. As declarações foram feitas durante entrevista veiculada pelo canal do YouTube My News, na última quinta-feira.

"Então o que está acontecendo? Pelo movimento da economia, a população vai votar contra o governo. E pela guerra cultural, sabe, o 'janjismo', agora remoçado e tal, vai perder a eleição o governo. Mas não vai perder (somente) em 2026, vamos acompanhar as eleições municipais nas grandes cidades brasileiras. Elas não são uma condição, digamos assim, mortal, mas são uma pista nos grandes centros", afirmou o ex-presidenciável.

Sobre suas apostas para possíveis postulantes em 2026 no campo da direita, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ciro deu opinião sobre alguns nomes apresentados. Afirmou que não entrará na disputa, pois "perdeu o encanto".

Questionado sobre o que pensa do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Ciro se limitou a responder: "Conte-me outra. É o fim da picada".

Por outro lado, elogiou Caiado, a quem disse considerar "um bom governador". "Esse cara tem dotes. Mas aí pega carona e vai para Israel. De novo, é um belo de um cara. Conheço mais de perto. Um médico, tem espírito público, é um bom administrador", disse Ciro.

'Identitarismo'

Durante a entrevista, Ciro afirmou que a "esquerda internacional" abandonou "a ideia de superar a miséria, a desigualdade e lutar por uma humanidade pacífica" e possui "incapacidade de sair do identitarismo vesgo".

No último mês, o pedetista usou seu perfil no X para criticar Janja, questionando a postura do Planalto sobre fake news envolvendo a tragédia no Rio Grande do Sul. Ao citar ataques sofridos por pesquisadora da USP, disse que os comentários teriam sido coordenados pela "máquina lulopetista trituradora", supostamente "sob influência" de Janja.

 

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