Dani Portela (PSOL) critica retirada de famílias para construção de ponte Iputinga-Monteiro

Inaugurada pelo prefeito do Recife João Campos (PSB), a ponte liga a Zona Oeste à Zona Norte. Durante construção, houve desapropriações de residências

Publicado em 17/09/2024 às 23:44

Nasta terça-feira (17), a candidata à prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL), publicou em suas redes sociais um vídeo em que critica o processo de construção da Ponte Professor Jaime Gusmão, que liga o bairro da Iputinga, da Zona Oeste do Recife, ao do Monteiro, na Zona Norte da cidade. 

No vídeo, a candidata do PSOL dispara: "No Recife de João Campos, 300 famílias tiveram suas casas derrubadas para passar uma ponte".

A construção da ponte, que durou entre paralisações e retomadas cerca de 12 anos, foi concluída em agosto deste ano. O prefeito não pôde participar da cerimônia de inauguração. 

Desapropriação de famílias

Dani Portela criticou a desapropriação de residências realizada no bairro do Monteiro para que a ponte fosse levantada.

Em frente ao local, a candidata para prefeita fala que as casas "foram marcadas com um 'x'" e que o valor de indenização foi "irrisório" para as famílias. 

A crítica também foi para a publicação realizada pelo atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), nas redes sociais quando a ponte foi inaugurada.

Devido à Lei Federal 9504, que prevê a proibição do comparecimento de qualquer candidato a obras públicas, João não participou do momento, mas publicou um vídeo acompanhando os trabalhos da última lavagem do asfalto do equipamento.

"E os antigos moradores, por que não apareceram nesse story?", disse Dani Portela, em vídeo.

Esta foi uma das principais polêmicas envolvendo a obra. Em documento da Autarquia de Urbanização do Recife (URB) à Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE), foi previsto que 255 famílias teriam casas desapropriadas, além das 53 inicialmente previstas.

Ponte Iputinga-Monteiro

Em agosto, foi liberado ao tráfego de veículos, ciclistas e pedestres a Ponte Iputinga-Monteiro, que liga a Zona Oeste do Recife à Zona Norte.

A nova ligação reduz o tempo de deslocamento do trajeto, que dependia de corredores de transporte já saturados, como a BR-101, que contorna o Grande Recife e suporta um tráfego intenso, além das vias de conexão entre as duas regiões, também sobrecarregadas.

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