Diante de vitória de Francismar para primeira-secretaria, líder da bancada do PSB afirma que Gouveia "sentiu peso de ser base do governo"
Sileno Guedes, que apoiava a recondução de Gustavo Gouveia, comentou resultados da eleição para a Mesa Diretora da Alepe, nesta segunda-feira (2)
Após a eleição que definiu a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para o biênio 2025-2026, realizada nesta segunda-feira (2), o líder da bancada do PSB na Casa, o deputado Sileno Guedes (PSB), comentou os resultados do pleito, atendendo a imprensa ao final da sessão.
O líder da bancada pessebista e presidente estadual do partido falou sobre a vitória de Francismar Pontes (PSB) para o cargo de primeiro-secretário, onde o partido apoiava a candidatura de Gustavo Gouveia (Solidariedade), atendendo indicação do presidente Álvaro Porto (PSDB), reeleito no pleito desta segunda-feira.
Sileno destacou que Francismar é um deputado “muito querido” e que construiu uma “narrativa que sensibilizou os colegas”.
“A gente sabia que ia ser uma eleição disputada, por conta do apoio de uma bancada expressiva, da segunda maior bancada. E como eu falei desde o início, é um deputado muito querido, que circula aqui há muitos anos e conseguiu construir uma narrativa que sensibilizou os colegas”, afirmou.
Sobre o processo eleitoral vivido na Alepe, Sileno enfatizou que a disputa está encerrada e que a Casa “volta à sua normalidade”.
“A casa escolheu. Vale a vontade dos deputados. Encerrou o processo eleitoral, a Casa volta à sua normalidade, todos somos colegas aqui. Não tem nenhuma dificuldade, nem com um e nem com o outro. O que você faz no momento da eleição da Mesa Diretora é fazer uma escolha política ali das composições partidárias dentro da Casa”, disse.
O líder da bancada do PSB, a maior da Alepe, falou sobre o apoio dado a Gouveia. Para Sileno, a derrota de Gouveia evidencia que o deputado “sentiu o peso de ser base do governo”, lembrando das indicações do presidente Álvaro Porto para a composição da Mesa Diretora.
“O PSB tomou uma posição. Eu acho que o deputado, e aí é uma opinião minha pessoal. O deputado Gustavo Gouveia sentiu novamente o peso de ser base do governo nessa Casa. O deputado Álvaro Porto ganha a eleição, faz toda a mesa diretora proposta por ele e o deputado Gustavo Gouveia, mesmo tendo feito uma boa gestão aqui na frente da casa, mesmo sendo um bom companheiro como é, na minha opinião, carregou consigo o peso de ser base do governo”, comentou.
Sileno destacou que, durante o processo eleitoral vivido, se trata do voto, da escolha e da decisão de cada deputado, e não de quebra de palavra ou compromisso por parte de parlamentares.
“O que se tem aqui é a decisão do deputado, não se trata de palavras, se trata do voto que cada um tem e vai lá e deposita na urna. Então, assim, eu não encaro como uma quebra de palavra, uma quebra de compromisso. O que realmente acontece é uma escolha, sobretudo de um cargo da mesa que é muito mais voltado, aliás, que é exclusivamente voltado para dentro da casa, um cargo praticamente administrativo”, ressaltou.
O líder da bancada do PSB voltou a destacar o movimento de acompanhar as indicações de Álvaro Porto no processo eleitoral da Casa. De acordo com Sileno, a decisão estava tomada mesmo antes de Francismar decidir pela candidatura.
“A candidatura de Francismar não nasceu dentro do PSB. Francismar não foi um candidato apontado. O PSB assumiu o compromisso com o presidente Álvaro Porto, ainda entregando à Álvaro Porto a liderança do processo. Ou seja, nós acompanharíamos aquilo que o presidente Álvaro Porto apontasse. E dissemos isso antes de Francismar se colocar como candidato. Posteriormente, o PP lança um candidato, que não é do seu partido, para a candidatura que é o Francismar, que construiu uma narrativa e chegou onde chegou”, disse.
Sileno complementou, destacando que vê uma ruptura na base do governo dentro da Alepe, enfatizando que “a base do PP votou no PSB”.
“Eu não creio que isso represente uma questão partidária. Agora, representa sim, na minha opinião, o peso da base do governo, mesmo tendo essa base, se rebelado contra o governo, que é a base do PP. A base do PP votou no PSB. Isso não pode ter sido a orientação do governo, não é? Não pode ser. Eu não acredito”, finalizou.