Globo é condenada a pagar R$ 300 mil para filho de cinegrafista morto no voo da Chapecoense
O caso foi julgado pela 28ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Na sentença, o juiz Erick Scarpin Brandão concordou com o entendimento do filho de Ari Júnior
O filho do cinegrafista Ari Junior entrou com um processo na Justiça porque a emissora não cumpriu um acordo de indenização, acordado entre os herdeiros do profissional, funcionário contratado da Rede Globo, com a emissora, em maio de 2017.
Ari trabalhou na emissora durante quase 20 anos e era um dos contratados que estavam no voo, juntamente com os repórteres Guilherme Marques e Laion Espínola e o produtor Guilherme van der Laars. Na ocasião do pagamento para Alisson Araújo, filho do cinegrafista, a empresa havia descontado exatos R$ 196,124,53 relativos ao Imposto de Renda --algo comum em grandes quantias.
O filho de Ari alegou que em indenizações do tipo não caberiam descontos por pagamento de impostos. A própria Globo é que deveria realizar o pagamento, sem descontar no valor pago a ele.
O caso foi julgado pela 28ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Na sentença, o juiz Erick Scarpin Brandão concordou com o entendimento do filho de Ari Júnior. Para o magistrado, foi quebrada o princípio de boa-fé por parte da Globo, que não fez o pagamento integral do valor a ele.
O juiz condenou a Globo a pagar um valor de indenização atualizado, de R$ 302.075,42, além de juros de 1% ao mês desde que o processo foi interpelado judicialmente, em 2020. A Globo também pagará as custas processuais e os honorários dos advogados do rapaz.