Tudo sobre a demissão de Alexandre Garcia da CNN
O jornalista já havia tido atrito com colegas e teria sido desmentido outras vezes
A sexta-feira terminou com a demissão do jornalista Alexandre Garcia depois de a própria emissora, CNN, ter desmenti-lo, ao vivo. O comentarista havia defendido, por várias vezes, o tratamento precoce contra a covid-19, já apontado, pela ciência, como ineficaz.
O comentarista falava sobre as denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior quando afirmou que os "remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas". E não foi a primeira vez. Ele já havia defendido os tratamentos precoces, no dia 19 de agosto durante o "CNN Novo Dia" após afirmar que jovens "não precisariam tomar a vacina segundo as estatísticas".
Detalhe: esta não foi a primeira polêmica envolvendo o nome tradicional do jornalismo. Desde que deixou a Globo, em dezembro de 2018, sobretudo, na CNN, ele se envolveu em confusão pela questão da credibilidade e rixas. Ele chegou a se desentender com Rafael Colombo e comentou que "não estava sendo entrevistado" ao ser contrariado pelo apresentador quando defendeu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha "todo o direito" de lançar um decreto proibindo governadores e prefeitos de decretarem restrições para o controle de coronavírus.
POLÊMICAS
As polêmicas deram certo, pelo menos, para o bolso do jornalista. De acordo com o jornal O Globo Garcia ganhou quase R$ 70 mil por audiência e publicidade com o conteúdo divulgado em seu canal no YouTube. Ainda segundo o jornal, Garcia teve 126 vídeos tirados do ar, por ele próprio ou pela rede social. Ele chegou a liderar a lista feita pelo Google com os vídeos que mais lucraram com notícias falsas durante a pandemia. demissão de Alexandre Garcia após desmentir ao vivo uma fala do jornalista. A emissora destacou que a decisão foi tomada após ele defender, por inúmeras vezes, o tratamento precoce contra a covid-19.
Em sua participação no quadro "Liberdade de Opinião", o comentarista falava sobre as denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior quando afirmou que os "remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas".