Em protesto contra a censura, museus publicam nudes no OnlyFans
A ideia é propor um debate sobre as redes sociais e o papel da arte
A capital da Áustria, Vienna, acaba de criar um perfil na plataforma de conteúdo adulto OnlyFans para publicar fotos picantes e nus artísticos de seus museus em um protesto contra a censura nas redes sociais.
Pela pechincha de U$ 4,99 dólares por mês, os assinantes podem ver obras de artes com pessoas nuas de instituições renomadas, como as da Galeria Albertina e o Museu Leopod. A iniciativa é do Conselho de Turismo de Vienna.
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Segundo um dos responsáveis pela secretaria, as célebres obras que continham um conteúdo mais adulto estavam sendo prejudicadas pela censura aplicada nas redes sociais, como o TikTok.
Censuras
Em julho, o perfil no TikTok do Museu Albertina foi suspensa após a publicação dos trabalhos do fotógrafo japonês Nobuyoshi Araki, que mostravam seios. Já em 2019, o Instagram vinculou a pintura do artista barroco Peter Paul Rubens como um conteúdo de nudez e assim violava as regras da plataforma.
Em 2018, a clássica estatueta Vênus de Willendorf foi classificada como ponográfica pelo Facebook. A obra de arte tem 25 mil anos, foi veiculada pela página do Museu de História Natural de Viena.
Debate
Para Helena Hartlauer, chefe de relações midiáticas no Conselho e Turismo da cidades, a ideia é muito mais que uma jogada de marketing. Em declaração ao The Guardian, ela pretende implantar um debate um debate sobre a importância das mídias sociais.
"É claro que você pode trabalhar sem isso, mas essas obras de arte são cruciais para Viena — quando você pensa, por exemplo, no autorretrato de Egon Schiele de 1910, essa é uma das obras mais icônicas. É injusto e frustrante que elas não possam ser utilizadas em plataformas de comunicação tão importantes quanto as redes sociais. É por isso que nós pensamos (no OnlyFans) como um jeito de expor finalmente esses trabalhos", detalhou a porta-voz.