ESTREIA

Instituto Pernambuco Porto: as exposições da inauguração

Tem fotos, obras de Abelardo da Hora e registros do artesanato popular

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Mirella Martins

Publicado em 28/07/2022 às 23:29
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Um dos pilares do Instituto Pernambuco Porto que abriu, oficialmente, nesta quinta, é a arte. A cultura tão rica pernambucana terá agora uma vitrine em Portugal.

Na abertura, uma exposição inédita sobre o artesanato de Pernambuco: "Do litoral ao sertão”, desenvolvida pela designer Carla Gama e pela arquiteta Roberta Borsoi.

São peças de mestres artesãos pernambucanos vivos e em atividade para criar uma narrativa na qual o público irá fazer uma viagem por Pernambuco através da arte, conhecendo a diversidade do artesanato e de sua cultura.

Abelardo da Hora

A outra exposição que vai integrar a solenidade de abertura do Instituto Pernambuco-Porto é a da série “Danças Brasileiras Populares de Carnaval”, de Abelardo da Hora, produzida nos anos 1960, assinado por Daniel da Hora, neto do artista falecido. A produção executiva e expografia no Brasil são de Luciana Oliveira e, em Portugal, de Germana Soares.

São, ao todo, 17 desenhos, entre coloridos e preto e branco, retratando o frevo, maracatu, caboclinho, samba e bumba-meu-boi. Destaque para o maracatu, que aparece em seis dos 17 desenhos.

“O IPPB possui em seu acervo obras em escultura deste artista, e no contexto da representação bidimensional, mostrando um Abelardo também especialista em desenhos, pinturas e gravuras, que valorizamos a capacidade do artista de se posicionar para um público ainda mais amplo”, comenta Daniel da Hora.

 Fotografias

A fotografia também será prestigiada, sobretudo, com quatro painéis remetendo as quatro regiões do Estado - Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão – e totens com as obras e retratos dos artesãos. Ao todo serão 74 fotografias e mais de 100 peças.

Segundo a arquiteta Roberta Borsoi, a mostra também busca apresentar ao público de outros países o trabalho de artesão. “A exposição de Fred ajuda a trazer contexto para a arte apresentada. É um passeio pelo estado partindo do artesanato e das pessoas, já mostra aquele personagem que está retratado na cerâmica, na madeira. Também é um modo de mostrar a predominância cultural de cada região, seus saberes ancestrais e tradições”, explica.

 

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