DANIELLA PEREZ: Raul Gazolla faz revelação sobre suposta carta psicografada da atriz
Suposta carta psicografada de Daniella Perez foi comentada por Raul Gazolla, ex-esposo da atriz
Com a repercussão após o lançamento de "Pacto Brutal: o Assassinato de Daniella Perez", série documental produzida pelo HBO Max, o caso real do assassinato da atriz tem sido bastante relembrado.
Dentre as várias histórias que voltaram a surgir, como a teoria de que o assassinato da atriz tratava-se de um ritual macabro, outra que surge é a de uma suposta carta psicografada foi enviada por Daniella.
Leia nesta matéria:
- Raul Gazolla comenta suposta carta psicografada de Daniella Perez;
- Homenagem a Daniella Perez no último capítulo da novela 'De Corpo e Alma';
- O que aconteceu com atriz? Como ela morreu?
- Depoimento de Paula Thomaz após matar atriz;
- Por que caixão de Daniella foi aberto?
- O que aconteceu com Guilherme de Pádua e Paula Thomaz? Como estão hoje em dia?
- Série "Pacto Brutal", da HBO Max.
Esta carta teria chegado às mãos da família da atriz, que até hoje renega este documento importante. O assunto já foi comentado por Raul Gazolla, ex-esposo da atriz.
“Todas as cartas que recebi eram falsas. A única que talvez pudesse ser não dizia nada demais. A Dani sempre assinava o nome dela com dois L e o Perez com z no final”, disse ele.
"Então quando eu recebia qualquer carta, eu já olhava o final para ver a assinatura, se não tivesse desta forma, lia só por educação, mas sabia que não era dela”, finalizou Gazolla, em entrevista ao UOL.
O que aconteceu com Daniella Perez? Como ela morreu?
Filha de Glória Perez, Daniella foi assassinada com 18 punhaladas no coração, pulmão e pescoço pelo próprio par romântico na trama, Guilherme de Pádua. O assassino foi condenado a 18 anos de prisão junto com a esposa, Paula Thomaz, que estava grávida.
O ator Guilherme de Pádua começou a assediar Daniella quando os dois ainda gravavam a novela, o primeiro trabalho solo de Glória na Globo. Ele tinha medo de perder espaço na trama e passou a pedir para que a companheira de cena intervisse a seu favor.
Antes do fim daquele ano, Pádua notou que não tinha participação em dois capítulos finais da novela. Assim, no dia 28, ele deixou a gravação e foi para casa buscar lençol, travesseiro e a mulher, Paula.
Eles esperaram a saída de Daniella do set de gravações e, com o carro, a fecharam em um posto de gasolina. A filha de Gloria desceu do veículo para entender o que estava acontecendo e questionar Pádua, que a agrediu em seguida, deixando-a desacordada.
O assassino colocou Daniella no próprio carro, que foi dirigido por Paula, enquanto ele seguia conduzindo o veículo que era da atriz. O casal foi até a Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, e procurou por um terreno baldio.
Ali mesmo, Daniella foi assassinada. Moradores da região estranharam a movimentação e ligaram para a polícia, que chegou quando o casal não estava mais lá. A polícia descobriu que o ator estava envolvido no assassinato da atriz por causa da placa do carro, que foi anotada por testemunhas.
Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram condenados a 18 anos de prisão, mas ambos deixaram o presídio após cumprirem um terço da pena, em 1999.
Como foi o depoimento de Paula Thomaz?
Graças à brutalidade com que aconteceu, o assassinato de Daniella Perez tornou-se um caso midiático na época. Muitos queriam saber quem, de fato, haviam matado a atriz em ascensão e qual seria a punição destinada aos responsáveis.
Pouco depois do crime, a polícia chegou a dois nomes: Paula Thomaz e Guilherme de Pádua. As autoridades descobriram que o ator e a esposa estavam envolvidos por causa da placa do carro, que foi anotada por testemunhas.
De acordo com uma matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo durante a época do julgamento, o depoimento de Paula Thomaz foi marcado por contradições.
Paula chegou a dizer que estava no Barrashopping durante o momento do crime e depois mudou sua versão, dizendo que esteve no espetáculo "A Noite dos Leopardos", de nus masculinos, ao lado do esposo.
Informações ainda relatam que ela teve uma crise de choro e precisou ser retirada do local 15 minutos após o início do interrogatório. Na volta, negou sua participação no crime que matou Daniella Perez durante os 70 minutos de depoimento.
Por que túmulo de Daniella Perez foi violado e caixão aberto?
Os últimos episódios de "Pacto Brutal", série que relembra o assassinato da atriz, trouxeram novas revelações sobre o crime. Uma delas foi a de que o caixão no qual Daniella foi enterrada teve de ser aberto após o velório, por pedido de Glória.
Isso aconteceu porque o túmulo da atriz foi vandalizado por meses após o crime. “Desde que o fato aconteceu, praticamente há cada duas semanas, a gente era chamado porque tinham tentado abrir o túmulo [onde estava Daniella Perez] (…) Você não tem respiro, não tem paz nem ali no túmulo”, disse Glória Perez.
Em meio aos ataques, o corpo da atriz teve que ser transferido para outro túmulo. No processo de exumação, a autora disse que estranhou a cor do caixão da filha. “Tinha uma cor diferente e eu comecei a cismar que não era o caixão dela, que tinham trocado", relatou.
"Eu dizia: ‘Não é! Abre! Eu quero ver se é ela’. Gritei tanto que eles abriram. Eu me joguei lá em cima do caixão e olhei e vi que era ela”, diz Glória, em depoimento na série documental da HBO.
Segundo ela, assim que o caixão foi aberto, ela teve uma visão. “Não vi nada. Só vi ela. E vi igualzinha como no dia que eu enterrei. Igual. Eu lembro de ter dito pra Sandra: ‘Ela tá igualzinha’ e a Sandra disse: ‘Não, não está’. Eu disse: ‘Está, eu vi!’ e eu nunca mais falei sobre isso e nem quero falar. Eu vi igualzinha”.
Como Guilherme de Pádua e Paula Thomaz estão hoje?
A pergunta sobre o que aconteceu com Guilherme de Pádua e Paula Thomaz após o crime brutal é uma recorrência.
Passados cinco anos do crime, o julgamento aconteceu e ambos foram condenados por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade da defesa da vítima. Guilherme foi condenado a 19 anos, e Paula, a 18 anos e seis meses.
Grávida durante o assassinato, Paula deu à luz Felipe em maio de 1993, enquanto estava presa. Ela e o ator se separaram pouco depois, em decorrência das diferentes versões apresentadas como defesa.
Em grande parte dos depoimentos, ele responsabilizava a estão esposa pelo crime. Com apenas sete anos de prisão, os dois foram colocados em liberdade condicional. Hoje, Guilherme de Pádua é pastor, apoia Bolsonaro, enquanto Paula Thomaz leva uma vida discreta.
Série "Pacto Brutal: o assassinato de Daniella Perez"
"Pacto Brutal: o Assassinato de Daniella Perez" é uma série documental produzida pela HBO Max, que relembra o crime brutal que matou a atriz. Os cinco episódios estão disponíveis do serviço de streaming.