Você já ouviu falar da crotalária? O nome é diferente, mas se trata de uma planta que é uma arma bastante eficaz no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como a Dengue, Zika e Chicungunha. O vegetal é de fácil cultivo e de porte médio, crescendo até 1 metro, atrai a libélula, predadora natural do Aedes. Ao ser atraída pelo cheiro das flores da espécie, a libélula passa a viver e se reproduzir próximo à planta. O inseto deposita os ovos em locais de água parada, mesmo ambiente em que o Aedes aegypti costuma procriar. Após o nascimento, as larvas do inseto passam a se alimentar de larvas de outros insetos, incluindo a do mosquito transmissor da dengue, chicungunha e zika. Quando adulta, a libélula continua predadora do Aedes.
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Pensando no bem da comunidade, alunos da Educação Infantil das duas unidades do Colégio Boa Viagem plantaram cerca de 300 sementes da crotalária dentro da escola na manhã desta sexta (31), com o propósito de afastar o Aedes Aegypti. A ação faz parte do Dia Mundial de Boas Ações, comemorado no domingo (2), mas que foi antecipado. O projeto é uma parceria com a ONG israelense KKL e a Associação de Estudos Ecológicos e Culturais Brasil-Israel, que doou as mudas da planta. “Estamos trabalhando a prevenção do mosquito da dengue dentro de sala de aula, e com esse apoio da KKL, a ideia é que não ajude só a escola, mas sim toda a comunidade”, afirma Luciana Hodges, coordenadora da Educação Infantil da unidade Jaqueira.
Cuidados devem continuar
Rita Pereira, pesquisadora e curadora de herbário do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), afirma que, apesar da não haver confirmação científica dos benefícios da crotalária, plantar a muda é bastante válido. “Qualquer tentativa de barrar a proliferação do mosquito é boa e deve ser colocada em prática. Mas é preciso tomar o mesmo cuidado de sempre, em não deixar água parada no vaso”, finaliza a pesquisadora.