Protesto

Recife e Petrolina participam da Marcha pela Ciência neste sábado

A Marcha pela Ciência é um evento mundial e será realizada em mais de 500 cidades do mundo

Da Editoria Cidades
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Publicado em 20/04/2017 às 8:33
Foto: Divulgação/Espaço Ciência
A Marcha pela Ciência é um evento mundial e será realizada em mais de 500 cidades do mundo - FOTO: Foto: Divulgação/Espaço Ciência
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O Espaço Ciência se junta à comunidade científica do Brasil e do mundo, neste sábado (22), para reivindicar maior reconhecimento e políticas públicas para o setor, em protesto nas ruas da cidade do Recife. No País, a Marcha pela Ciência ganha mais importância diante do cenário de redução nas verbas. Em 2010, os recursos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação para o setor eram da ordem de R$ 8,8 bilhões. O valor caiu para R$ 2,8 bilhões.

A Marcha pela Ciência será realizada em mais de 500 cidades em todos os continentes. No Brasil, ela acontece em 17 municípios, incluindo o Recife e Petrolina, no Estado de Pernambuco. A concentração, na capital, será na Praça do Marco Zero (Bairrro do Recife). Como parte do protesto, o Espaço Ciência e Observatório da Sé não abrirão para o público neste sábado (22). As duas instituições participarão da manifestação.

A data escolhida para o manifesto, 22 de abril?, coincide com o Dia Internacional da Terra. Nascida nos EUA e realizada pela primeira vez este ano, a Marcha pela Ciência surgiu da insatisfação de estudantes norte-americanos de pós-graduação. O presidente dos EUA, Donald Trump, eleito no fim de 2016, iniciou o mandato em 2017 com uma série de medidas polêmicas, entre as quais cortes de investimento e mudanças nas políticas públicas voltadas ao financiamento de ciência e tecnologia.

Em território brasileiro, O governo aprovou um corte de R$ 42 bilhões no orçamento federal, que incluiu redução de 44% dos gastos com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Desde 2010, a queda nos recursos para o setor foi de R$ 6 bilhões.

CORTES

De acordo com o químico Antônio Carlos Pavão, diretor do Espaço Ciência, este cenário reflete uma falta de compreensão quanto ao papel da ciência e tecnologia. "O descaso apenas aprofunda o colonialismo científico no Brasil", ressalta Pavão.

Ele disse que o Espaço Ciência tem sentido os efeitos dessa redução de verbas. A Ciência Jovem, Feira Internacional de Ciências, tinha em 2012 um orçamento com R$ 500 mil do CNPq e R$ 52 mil da Facepe. Em 2017, o evento terá de ser realizado com R$ 90 mil do CNPq e R$ 10 mil da Facepe.

E a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que em Pernambuco é coordenada pelo Espaço Ciência, era realizada com R$ 150 mil do CNPq/MCTI e R$ 40 mil da Facepe. Para 2017, até agora, nenhum valor foi garantido.

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