Manguezal

Ongs lançam projeto para salvar o manguezal de Itapissuma

Proposta para ajudar a conservação do manguezal da cidade, ancorada na eduçação, é uma ação conjunta de ongs e entidades públicas e privadas

Da Editoria Cidades
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Publicado em 21/04/2017 às 16:57
Foto: Clemente Coelho Júnior/Divulgação
Proposta para ajudar a conservação do manguezal da cidade, ancorada na eduçação, é uma ação conjunta de ongs e entidades públicas e privadas - FOTO: Foto: Clemente Coelho Júnior/Divulgação
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Projeto para conservação do manguezal de Itapissuma, no Grande Recife, será implantado na Área de Preservação Ambiental (APA) de Santa Cruz pela Fundação Mamíferos Aquáticos, com apoio da Alcoa Foundation e em parceria com o Instituto BiomaBrasil.


A iniciativa, batizada Projeto Mais Mangue, terá a educação como principal aliada na preservação do ecossistema manguezal. Segundo os organizadores, o trabalho começa na próxima segunda-feira (24), com capacitação de professores da rede municipal.


A expectativa é que os professores apliquem os conhecimentos adquiridos nos treinamentos no planejamento das aulas. A capacitação da primeira turma, com 30 docentes, está programada para os dias 24 e 25 de abril. O assunto será incluído no ano letivo de 2017.


Em dezembro haverá treinamento para outros 30 professores, que deverão incluir o aprendizado no planejamento das aulas de 2018. Todos receberão o Guia Didático Maravilhosos Manguezais do Brasil, com metodologia aplicada pelo Instituto BiomaBrasil, para ser usado suporte às aulas.


De acordo com pesquisadores, possivelmente 25% do ecossistema manguezal brasileiro já tenha sido destruído ao longo dos anos, tendo como principal causa os impactos ambientais provocados pelo homem.

SENSIBILIZAÇÃO


O Mais Mangue também pretende promover rodas de conversas temáticas com professores, estudantes, a comunidade em geral, pescadores e gestores públicos e ambientais, além de visitas de educação ambiental ao estuário e manguezal da APA de Santa Cruz. O manguezal é protegido pela Lei Federal nº 12.651/2012.


“O investimento em educação é a melhor alternativa para colaborar com a preservação dos animais aquáticos e dos ecossistemas costeiros marinhos, que inclui o manguezal e o estuário, locais importantes para alimentação e reprodução de espécies como o peixe-boi-marinho, o mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil”, declara Daniela Araújo, Coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental da Fundação Mamíferos Aquáticos.


Levando em consideração que cada professor orienta mais de 40 alunos por ano, a formação de docentes tem um efeito multiplicador significativo, diz o biólogo Clemente Coelho Junior, presidente do Instituto BiomaBrasil. O grupo espera sensibilizar mais de três mil estudantes de Itapissuma.

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