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Basílica da Penha recebe verba para recuperar torres sineiras

As duas torres dos sinos da Basílica da Penha, no Centro do Recife, estão escoradas desde 2010 para evitar que desabem

Da Editoria Cidades
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Publicado em 10/08/2016 às 8:08
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Sem suspender as atividades religiosas retomadas em 2015, a Basílica de Nossa Senhora da Penha, no bairro de São José, Centro do Recife, anuncia para este mês o início de uma nova etapa da obra de recuperação do templo católico. O foco dos trabalhos, desta vez, é a consolidação das duas torres sineiras, que encontram-se escoradas para não cair desde 2010.

“É uma obra estrutural, para eliminar o risco de desabamento. Vamos fazer a sustentação e não a restauração das torres”, explica o reitor da basílica, frei Luís de França. O serviço está orçado em R$ 2.204,500,00, com recursos da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), da Prefeitura do Recife e da Província Capuchinha do Nordeste.

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Capuchinhos anunciam obra de sustentação das torres sineiras da Basílica da Penha no Recife - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Igreja da Penha retomou as atividades religiosas em julho de 2015, após 1ª etapa da obra de restauro - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Pedaços de uma das torres sineiras da igreja desabaram no passeio público da R. das Calçadas em 2013 - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Frades usaram drone para mapear danos nas torres sineiras da Basílica da Penha, no Centro do Recife - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Nave central da Basílica da Penha, na Praça Dom Vital, onde é celebrada a bênção de São Félix - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Tombada pelo governo do Estado, a Igreja da Penha é uma construção do século 19 com estilo eclético - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

 

O convênio autorizando a transferência da verba foi publicado no Diário Oficial do Estado de segunda-feira passada (8). A Fundarpe vai repassar R$ 1 milhão dividido em seis parcelas, que serão liberadas à medida que a obra for avançando. O mesmo valor será doado pela prefeitura, também em seis parcelas. O valor restante corresponde à contrapartida dos religiosos, já usada na elaboração do projeto executivo.

“Além de ter feito o projeto executivo, a província vai contratar uma empresa para executar o serviço e deverá administrar a obra”, informa frei França. O prazo de execução é de dez a 12 meses. De acordo com o frade, as torres precisam de obra de restauração, mas isso só será feito posteriormente. “A prioridade, agora, é a recuperação estrutural”, reforça.

Tombada como patrimônio de Pernambuco pelo governo do Estado, a Basílica da Penha é uma construção de estilo eclético com influência do neoclassicismo da segunda metade do século 19. Em dezembro de 2013, pedaços do reboco de uma das torres caíram no passeio público da Rua das Calçadas, uma das laterais do prédio. Desde então, a província aguarda os recursos para a obra nos campanários.

“Estamos celebrando uma parceria pública que está garantindo a preservação desse importante patrimônio material do Estado que é a Basílica da Penha”, diz a presidente da Fundarpe, Márcia Souto. De acordo com ela, em 2007 a igreja havia recebido verba estadual, no valor de R$ 847 mil, para ajudar na obra de recuperação da estrutura, instalações elétricas e em parte na decoração do prédio. O serviço todo custou R$ 6 milhões.

Cercada por barracas de feirantes, instalados na Praça Dom Vital, a Basílica da Penha está aberta a visitações públicas desde julho de 2015. Assim como as torres sineiras, altares laterais ao longo da nave da igreja também precisam ser restaurados. A capela de Santo Antônio é a única rabiscada por devotos do santo, com nomes de casais e pedidos de proteção. Na Rua das Calçadas, a pintura da parede foi danificada por pichações.

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