ATAQUE

Jovem é mordido por filhote de tubarão na praia de Boa Viagem

Arthur Andrade conta que estava tomando banho de mar com a água na cintura quando o tubarão mordeu sua mão direita

JC Online
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Publicado em 24/01/2017 às 20:11
Foto: Reprodução/Facebook
Arthur Andrade conta que estava tomando banho de mar com a água na cintura quando o tubarão mordeu sua mão direita - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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O jovem Arthur Andrade, de 21 anos, foi mordido por um filhote de tubarão na tarde desta terça-feira (24), na praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. 

"É uma sensação muito forte, sabe como se uma porta fechasse na sua mão?", relatou Arthur.

Ele, que também é surfista, conta que decidiu tomar um banho de mar após o almoço,no trecho em frente ao Hotel Atlante Plaza, por volta das 13h30. No local há placas alertando para possíveis ataques de tubarão.

"A maré estava secando, eu estava com água na cintura quando vi uma movimentação estranha. Me assustei e comecei a nadar rápido para voltar, mas mesmo assim ele conseguiu morder a ponta dos meus dedos. Era pequeno e eu consegui fugir, mas considero como um livramento de Deus", conta. 

O tubarão que atacou o jovem era de pequeno porte e a mordida não deixou ferimentos graves. 

Arthur foi socorrido pelo pai e levado ao Hospital Memorial São José, no Derby, área central do Recife. Ele fez novos curativos, foi medicado e passa bem.

"Meu caso foi um a mais desses que acontecem aqui. Eu, que sou surfista profissional, fico triste quando vejo uma onda na Praia de Boa Viagem. É triste isso acontecer por causa de uma ação devastadora do homem"

 

 

                                                                            


Impactos psicológicos

Estresse e depressão são as principais consequências dos ataques de tubarão. É o que revela estudo inédito das vítimas, realizado pela psicóloga Amanda Patrícia Sales.

No levantamento, Amanda quantifica as psicopatologias e faz um alerta. “Essas pessoas necessitam de acompanhamento psicológico e, se for o caso, também psiquiátrico, de preferência logo após o acidente, para evitar o agravamento do quadro.”

O trabalho mostra que 25% dos sobreviventes analisados apresentaram transtorno de estresse agudo, 50% transtorno de estresse pós-traumático e 62,5% depressão (humor deprimido, falta de energia, autoestima baixa).

Enquanto o primeiro tipo de transtorno surge até um mês após o ataque, o segundo persiste após esse período. Os sintomas, em ambos, são os mesmos. Um deles é a reexperiência traumática, quando, lembrando ou durante pesadelos, a vítima sente como se o fato estivesse acontecendo novamente. “Há sensação de angústia e o coração dispara.”

Outro sintoma é a hiperexcitabilidade psíquica, traduzida pelo humor ansioso, taquicardia e sudorese. “O transtorno também faz com que a pessoa se distancie emocionalmente, evitando pessoas e lugares”, descreve Amanda.

 

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