Solidariedade

Após assalto, lava jato oferece 'trato geral' em carro da Vovó da Uber

Edna de Souza, conhecida no Recife como 'Vovó da Uber', perdeu documentos e o celular no assalto. Veículo foi achado sem as chaves

JC Online
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Publicado em 27/01/2017 às 12:04
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Edna de Souza, conhecida no Recife como 'Vovó da Uber', perdeu documentos e o celular no assalto. Veículo foi achado sem as chaves - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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Nas horas difíceis a solidariedade do brasileiro resolve aparecer. Um dono de um lava jato no bairro de Santo Amaro, na Zona Central do Recife, se comoveu com a história da "Vovó da Uber", vítima de um assalto na noite desta quinta-feira (26), e ofereceu um trato geral no carro dela, deixando o veículo pronto para que ela possa retornar ao trabalho. O trato consistirá em uma lavagem e polimento premiuns, com higienização interna e lavagem dos bancos a seco.

"Eu me sensibilizei com a história dela, por já ter uma certa idade, e principalmente pela dificuldade que ela passou. Então eu resolvi realizar essa ação para ajudá-la", afirmou o dono do Lava Jato, Gustavo Acioli.

Edna foi assaltada na noite da última quarta-feira (26), quando trafegava com uma passageira pela Avenida Presidente Dutra, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Dois adolescentes armados apareceram e pediram para que ela e a passageira saíssem do carro para que os dois pudessem levá-lo.

Na ação, Edna perdeu documentos, celulares e exames oftalmológicos necessários para uma cirurgia que ela iria realizar no início deste ano. A polícia conseguiu recuperar o veículo, mas sem as chaves e os pertences da "Vovó do Uber".

História

Edna de Souza ficou famosa nas redes sociais após um colega de trabalho fotografá-la durante uma corrida. A aposentada recorreu ao aplicativo para reforçar a renda de casa e tirar o nome do vermelho, depois de não receber o pagamento por alguns produtos vendidos. A 'Vovó da Uber' afirma que não tem tempo ruim para trabalhar: faz corridas aos finais de semana, de madrugada e aos feriados.

Além de atuar como motorista do aplicativo, ela também produz pizzas e salgados para vender e comercializa semijóias. Há quase um ano exercendo a atividade, a senhora relata que não se sente intimidada pela insegurança, impasse com os taxistas e nem mesmo pelas quatro hérnias de disco, a bursite, a tendinite e a epicondilite, que não conseguem frear a sua força de vontade. 

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