Exposição sobre os 19 fortes brasileiros – três ficam em Pernambuco – candidatos ao título de Patrimônio Mundial estará em cartaz no Museu da Cidade do Recife até o próximo sábado (8). A mostra, inaugurada terça-feira (4) à noite, faz parte da programação do seminário internacional que o Iphan promove até sexta-feira (7), no Forte das Cinco Pontas, para discutir modelos de gestão de fortificações.
Simples e educativa, a exposição é composta de painéis com fotografias e informações históricas de cada uma das edificações, consideradas monumentos da arquitetura militar. “Também vamos exibir um vídeo antigo, de 1917, com imagens das primeiras ações no Forte Príncipe da Beira, após a redescoberta da fortaleza”, declara Cláudia Ardións, consultora da Unesco e uma das organizadoras da mostra.
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O Forte Príncipe da Beira, em Rondônia, um dos candidatos a patrimônio mundial, foi construído no século 18 na selva amazônica e é uma da maiores fortificações erguidas no Brasil. “Com a exposição o público poderá visualizar os fortes como um conjunto e isso ajuda a entender o porquê de o Iphan propor a candidatura como um bem seriado”, diz ela.
Localizados em dez Estados da federação, os 19 fortes são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e integram a Lista Indicativa Brasileira do Patrimônio Mundial. A candidatura está prevista para ser submetida ao Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2020.
DEFESA
“Os fortes foram edificados do século 16 até o início do 19, com diferentes traçados, estilos e técnicas construtivas, em pontos que serviam para definir as fronteiras marítimas e fluviais, fazendo a defesa do território”, destaca Marcelo Brito, diretor do Departamento de Articulação e Fomento do Iphan, em palestra no seminário, na tarde de terça-feira (4).
De Pernambuco, o Iphan selecionou para a Lista Indicativa do Patrimônio Mundial os Fortes do Brum, que abriga um museu militar, no Bairro do Recife; Orange, que passa por obra de restauração, na Ilha de Itamaracá; e das Cinco Pontas, onde funciona o Museu da Cidade do Recife, no bairro de São José, no Centro. Todos são do século 17 e ligados ao período holandês (1630-1654).
