PARALISAÇÃO

Servidores do Hemope entram em greve por tempo indeterminado

A greve não deve afetar os setores de emergência e urgência do Hemope

JC Online
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Publicado em 02/05/2017 às 18:50
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A greve não deve afetar os setores de emergência e urgência do Hemope - FOTO: Foto: Acervo/JC Imagem
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A partir desta quarta-feira (3), os servidores dos nove centros do Hemope em Pernambuco irão entrar em greve, reduzindo o número de atendimentos a 30%. Na unidade de Recife, o número corresponde a uma média de 120 coletas de sangue por dia. A principal reivindicação do sindicato é a abertura do governo para o diálogo sobre o plano de cargos e carreiras dos servidores que está desatualizado há 14 anos.

Durante esse período houve estagnação dos funcionários e, desde a gestão de Eduardo Campos, não há reajustes salariais. Os setores de emergência e urgência não serão afetados pela greve. No entanto, exames laboratoriais também devem ser realizados de forma reduzida e cirurgias programadas não deverão ser realizadas.

O Sindicato dos Servidores do Hemope pedem a atualização da tabela de plano e carreiras e o enquadramento de todos os 800 funcionários dos Hemopes de Pernambuco dentro do plano. Os servidores irão fazer um ato na frente do hemoclínica nesta quarta-feira. "Não queremos que a população fique contra nós, mas nossa situação está difícil. Os concursados recém-contratados ganham menos que um salário mínimo e não recebemos por plantões", explica Jucelita Boudoux, Presidente do SINDSHEMOPE. Segundo Jucelita, a reunião de negociação com o governo já foi requerida há um mês e não tiveram resposta.

Resposta do Governo

Em nota, o Governo do Estado informou que durante o ano de 2016 realizou diversas reuniões com a categoria e que foram efetivadas várias concessões aos servidores do HEMOPE, das quais resultaram ganhos remuneratórias médios de 20% (acima da média de ganho dos demais servidores do Estado), contra uma inflação de 6,28% para esse mesmo período.

Em relação à greve, o Governo vai solicitar através da Procuradoria Geral do Estado (PGE) a decretação da ilegalidade e tomará todas as medidas necessárias para a volta da normalidade dos trabalhos para que não haja prejuízo para a população. 

O Governo do Estado enfatizou que sempre esteve à disposição para o diálogo franco e permanente, como meio mais adequado para construção de alternativas que atendam os interesses convergentes do Funcionalismo Público e do Estado.

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