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Caminhada no Recife sensibiliza para a adoção de crianças

Pais e filhos adotivos fizeram ato na Avenida Boa Viagem

JC Online
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Publicado em 21/05/2017 às 12:01
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Pais e filhos adotivos fizeram ato na Avenida Boa Viagem - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Uma caminhada na manhã deste domingo (21), na Avenida Boa Viagem, chamou a atenção para a questão da adoção de crianças. Pais e filhos adotivos percorreram a via com faixas tentando sensibilizar a população para o tema. A atividade fez parte da Semana Nacional da Adoção. Além do Recife, outras 35 cidades do País tiveram atividades semelhantes. O Dia Nacional da Adoção será celebrado na próxima quinta, dia 25 de maio.

"Viemos, através das faixas e da distribuição de panfletos, mostrar que a adoção não é caridade, é amor. A adoção é um jeito diferente de ser família, que não é pelas vias biológicas. Estamos aqui mostrando que somos famílias, somos filhos e pais", disse Juliana da Paz, uma das diretoras do Grupo de Apoio à Adoção e Convivência Familar e Comunitária (Gead).

Segundo a entidade, no Cadastro Nacional de Adoção existem cerca de 300 famílias em Pernambuco aptas a receberam crianças por adoção. O número é semelhante de crianças cadastradas para adoção. Mas por que o défict não zera? Juliana explica que muitas das crianças não se enquadram no perfil que as famílias procuram. A grande dificuldade, segundo ela, está na faixa etária das crianças, considerada já alta pelos pretendentes a adoção.

"Hoje, no município do Recife, podemos dizer que com certeza que não existe nenhuma criança menor de 10 anos dentro do cadastro. Todas as crianças são maiores de 10 anos. E a maioria dos pretendentes a adoção desejam crianças menores do que cinco anos. Existe essa incompatibilidade de idade. Uma criança que entra no cadastro com menos de 10 anos, ela é automaticamente adotada já", explicou.

CONSCIENTIZAÇÃO

"Isso é um dos trabalhos que o Gead faz nas suas reuniões mensais, tentar desmitificar na família a adoção de crianças maiores. A gente tenta mostrar que são crianças que não são mais problemáticas ou vem com um histórico maior. Não tem nenhuma questão mais relevante a ser trabalhada do que a existência do próprio amor", completou.

Juliana lembrou os benefícios para quem adota e para quem é adotado: "Para os pais, é multiplicar o amor que há dentro de si e realmente conseguir passar para outra geração. E, para quem é adotado, a gente sabe que a existência da família para as crianças é fundamental para o seu equilíbrio emocional e para poder ser um cidadão pleno de direitos e deveres".

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