Cães e cavalos que serviram ao Corpo de Bombeiros e às Polícias Militar, Civil e Científica poderão ser adotados. Até o momento, ao término do trabalho, esses animais geralmente ficavam com o tratador ou treinador que o acompanhou durante todo o tempo de serviço. A partir de agora, os cães vão poder passar para as mãos de instituições e de pessoas que desejam criá-los. Por enquanto, não existe previsão para os cavalos sejam encaminhados para adoção. A medida foi uma autorização dos secretários de Administração e Defesa Social, Milton Coelho e Ângelo Gioia, respectivamente, publicada no último sábado (20), no Diário Oficial.
Leia Também
- Feira de adoção de animais movimenta Parque Santana neste domingo (7)
- Exposição fotográfica e palestra marcam mês da adoção no TRT-PE
- Cães e gatos à espera de adoção no Parque de Exposições do Cordeiro
- Projeto visa acelerar processo de adoção no Brasil
- Caminhada no Recife sensibiliza para a adoção de crianças
No decreto, as entidades pertencentes aos órgãos do poder executivo, os condutores ou adestradores e entidades públicas sem fins lucrativos têm preferência na lista de espera. A população civil ainda vai precisar esperar um pouco para levar os bichos para casa. Quem se interessar, precisa atender algumas exigências: não pode ter respondido judicialmente por maus tratos a animais e não deve utilizar comercialmente o animal. O uso em tratamentos terapêuticos é permitido. O comandante conta que esses pré-requisitos são necessários para resguardar o animal de possíveis explorações. Antes mesmo de finalizar o processo de adoção, o interessado receberá visitas a fim de mostrar se tem mesmo condições de manter o cão. As vistorias continuam também após a conclusão da adoção, a fim de acompanhar o tratamento que o bicho está recebendo. “Queremos garantir que sejam bem tratados até o fim da vida. Caso verifiquemos alguma irregularidade, o donatário perde o direito de criar o cão”, pontuou.
“Esses cães são treinados durante quase toda a vida. Eles não são mais filhotes e têm aptidões específicas e a pessoa que for adotá-los precisa ter isso em mente”, explicou Alexandre Jorge, comandante do Companhia Independente de Policiamento com Cães da Polícia Militar. Atualmente 50 dos 80 cães que vivem no CIPcães estão disponíveis para irem para um novo lar. Vinte e cinco serão encaminhados para a Secretaria de Ressocialização e outros 25 vão ser encaminhados para os órgãos que os solicitarem. Só então, as pessoas poderão adotar.
Corpo de Bombeiros
Por enquanto, no Corpo de Bombeiros não há cães em idade para serem adotados. Dos nove animais do Grupamento de Bombeiros de Salvamento (GBS), onde eles ficam lotados, quatro estão em fase adulta e exercem suas funções. Mas pelo trabalho com eles ter iniciado há pouco tempo, em 2013, quando o GBS foi inaugurado, os cães ainda têm tempo suficiente de serviço. “Começamos o treinamento deles logo depois do período de desmame, que dura até mais ou menos um ano e meio de idade. Para eles, as etapas parecem brincadeiras, mas dentro damos muitas noções de salvamento e busca”, explicou o tenente coronel Francisco Cantarelli, comandante do GBS. O tempo de vida útil desses animais dura em média oito anos, a depender da raça (Pastor Alemão, Pastor Alemão Malinois e Labrador, geralmente) e das condições de saúde. Já os cavalos, podem trabalhar por até 18 anos.
Para fazer a adoção, é preciso apresentar documentos como CPF, RG e comprovante de residência e preencher um Termo de Doação Semovente, no qual assume a responsabilidade pela posse. Mais informações: 31813640 ou 31813641.