O Palácio Joaquim Nabuco, que funcionou como sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco de 1875 até 29 de junho de 2017 (quinta-feira desta semana), teve o pedido de tombamento aprovado pela Secretaria de Cultura do Estado e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). O imóvel fica na Rua da Aurora, em Santo Amaro, no Centro do Recife e funcionará apenas como museu.
Com o deferimento do pedido, o prédio do Museu Palácio Joaquim Nabuco fica protegido pelo Estado como se já fosse um bem preservado por lei. A medida é necessária para evitar que bens em processo de tombamento, como se encontra agora a edificação histórica, sejam descaracterizados antes de ser divulgada a decisão final do Estado.
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A solicitação foi encaminhada à Fundarpe pelo deputado Guilherme Uchôa, presidente da Assembleia Legislativa. A proposta é garantir a salvaguarda do prédio construído no século 19 e do acervo existente, como consta no documento elaboradao pela Superintendência de Preservação do Patrimônio Histórico do Legislativo do Estado de Pernambuco.
Edificação de estilo arquitetônico neoclássico (caracterizado pelas colunas, frontão triangular na fachada, desenho simétrico, entre outros elementos), o Palácio Joaquim Nabuco é uma obra do engenheiro militar José Tibúrcio Pereira de Magalhães (1831-1896). No Recife, ele também projetou o prédio do Liceu de Artes e Ofícios e da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro.
ACERVO
As peças mais antigas do Museu Palácio Joaquim Nabuco são as cadeiras em couro lavrado, com solas pregadas na madeira com tachas. Mesas, canapés, consoles, lustres e pinacoteca, entre outros itens, compõem o acervo. Também conta com um extenso acervo documental histórico, único e raro, que registra a trajetória da Casa Joaquim Nabuco e dos pernambucanos.
O novo prédio da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na Rua da União, em Santo Amaro, junto do Palácio Joaquim Nabuco, foi inaugurado quinta-feira passada, 29 de junho. O prédio é reconhecido como instituição museológica pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) desde 2010. O tombamento feito por decreto pela Fundarpe, em 1985, protege só a fachada do edifício, e não a estrutura interna e o acervo, incluídos no pedido feito pela casa legislativa.