PRISÃO

Polícia descarta execução em morte de policial do GOE

Carlos Eduardo Fernandes de Lima estava de folga e caminhava pela Avenida Leonardo da Vinci, no bairro do Curado II, quando foi assassinado

Editoria de Cidades
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Publicado em 03/07/2017 às 11:59
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Carlos Eduardo Fernandes de Lima estava de folga e caminhava pela Avenida Leonardo da Vinci, no bairro do Curado II, quando foi assassinado - FOTO: Foto: Reprodução
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A Polícia Civil divulgou na manhã desta segunda (03) os detalhes das prisões dos três suspeitos de matar o policial do Grupo de Operações Especiais (GOE) Carlos Eduardo Fernandes de Lima, de 43 anos. Rodolfo Lourenço Barbosa dos Santos, de 20 anos, Gilson Manoel da Silva, 19, e Williams Bernardo da Silva, 29, aparecem nas filmagens que mostram o momento exato do crime, cometido na noite da terça (27).

O delegado responsável pelo caso, Guilherme Caraciolo, chamou a atenção para a rapidez em encontrar os suspeitos, cuja operação contou com o auxílio de mais de 200 policiais civis, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), que disponibilizou uma equipe 48h, dentre outras unidades. Ao todo, foram 60 horas de diligências investigativas.

De acordo com ele, no primeiro momento, existia a suspeita de execução, mas essa linha de investigação foi tirada. “Outras vítimas foram descobertas, inclusive duas foram identificadas porque registraram boletim de ocorrência”, explicou. “Algumas vítimas disseram que só visualizaram três ocupantes no veículo”, acrescentou o outro delegado, Felipe Monteiro, que disse haver informações de que, no dia do crime contra o policial civil, os três já haviam cometido alguns assaltos na região. “Eles vão responder pelo roubo das vítimas e latrocínio e Rodolfo pelo porte de arma”,  concluiu.

Caraciolo contou que Rodolfo, preso na quinta (29) estava escondido em uma casa alugada na cidade de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife. Ao ser localizado, foi feito um cerco no local. O suspeito ainda tentou uma reação e acabou levando dois tiros na perna. Em seguida, foi conduzido para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Também na quinta (29), Gilson, estava acompanhado a esposa grávida, em uma consulta numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ao saber da paradeiros, a polícia foi ao local e, por volta das 15h, foi efetuada a prisão.

Já Bernardo, entregou-se à polícia na manhã de sexta (30). Ele é considerado o mentor do crime e teria convidado uma quarta pessoa para participar da ação, que não aceitou. No ano passado, ele foi preso por tráfico de drogas, mas foi solto em janeiro, com apenas três meses.

A arma encontrada com Rodolfo vai ser periciada a fim de saber se foi usada no crime. “Tudo indica que não porque ele estava dirigindo o veículo. As armas utilizadas seriam a de Bernardo e do Gilson, mas eles alegam que descartaram no Rio Capibaribe, na região de Penedo, em São Lourenço", detalhou. 

Caraciolo também destacou ainda que a localização do veículo utilizado no crime, encontrado totalmente carbonizado, foi um ponto importante durante a investigação. “O veículo foi encontrado em Paudalho. Tínhamos a suspeita de que o carro tinha sido utilizado no crime. Na perícia, foram encontrados dois disparos”, explicou.

Crime

O policial do GOE, Carlos Eduardo Fernandes de Lima, estava de folga e caminhava pela Avenida Leonardo da Vinci, no bairro do Curado II, em Jaboatão dos Guararapes, quando foi assassinado. Imagens de uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial mostram quando homens param um carro na via e atiram contra o homem.

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