A primeira etapa da obra de implantação do Centro de Comércio do Cais de Santa Rita, no bairro de São José, Centro do Recife, que estava prevista para terminar em junho de 2017, só ficará pronta este mês. Até o fim de julho, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Controle Urbano espera encerrar o serviço e dar início à ocupação da área, que funcionará como praça de alimentação com 38 quiosques.
De acordo com o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, a obra de construção do segundo módulo do Centro de Comércio do Cais, ao lado da praça de alimentação, deve se estender até o fim de 2017. O local abrigará 220 comerciantes, entre feirantes que trabalham em volta do Mercado de São José e ambulantes que atuam no ramo da sulanca, cutelaria e importados.
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“Conseguimos comprar as bancas dos feirantes, falta adquirir os quiosques dos outros comerciantes”, afirma o secretário. A terceira etapa do equipamento vai abrigar outra praça de alimentação com 20 quiosques e só terá a obra iniciada em 2018, informa João Braga. Segundo ele, os três módulos do Centro de Comércio do Cais de Santa Rita têm capacidade para acolher 470 comerciantes do Centro do Recife.
O equipamento completo terá 5.300 metros quadrados de área e está sendo construído num terreno de 6 mil metros quadrados. Um espaço de 385 metros quadrados é destinado a área verde. “Vamos dar condições de trabalho a todos os comerciantes. A obra é feita em parceria com a Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer do governo do Estado”, declara.
COMERCIANTES
Os recursos, no valor de R$ 5,3 milhões, são provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O equipamento está sendo implantado ao lado do terminal de ônibus do Cais de Santa Rita. Os comerciantes estão na expectativa da mudança para o local. “Só me resta esperar”, diz Adeilton Silva, que ocupará quiosque no segundo módulo.
Ele trabalha no local há 25 anos e há dez meses ocupa uma barraca temporária na mesma região. “Vim para cá quando a obra começou e transferiram todo mundo”, declara Adeilton Silva.
Vendedor de lanches no Cais de Santa Rita há quase 30 anos, José Carlos dos Santos vai trabalhar no primeiro módulo do equipamento. “Acho que ficará melhor para todos, pelo menos é isso o que espero. Perdi 80% dos meus clientes porque o ponto temporário não tem espaço para colocar mesas e cadeiras. Tomara que recupere depois”, comenta.
A barraca temporária, diz José Carlos, fica de costas para o terminal de ônibus e de frente para uma rua com movimento intenso de veículos. “Isso afasta os clientes”, avalia o comerciante.