Tragédia

''Homem no salão atirou'', diz marido de professora morta em centro espírita

''Vi na hora que ele levantou, botou a mão atrás e puxou a arma. Atirou no bandido que passou por ele e foi atingido por um bandido que correu'', disse Sérgio Costa

JC Online
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Publicado em 07/07/2017 às 12:51
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
''Vi na hora que ele levantou, botou a mão atrás e puxou a arma. Atirou no bandido que passou por ele e foi atingido por um bandido que correu'', disse Sérgio Costa - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Sérgio Costa, marido da professora morta em troca de tiros no Grupo Espírita Amor ao Próximo (GEAP), afirmou que viu o exato momento em que um homem atirou em um dos suspeitos durante a tentativa de assalto que deixou quatro mortos na última quarta-feira (5). Na troca de tiros, Luisiana de Barros Correia Nunes, de 57 anos foi atingida e morreu no local.

"Não sei o nome, mas com certeza eu vi na hora que ele levantou, botou a mão atrás e puxou a arma. Atirou no bandido que passou por ele, deu vários tiros e foi atingido por um bandido que correu", comentou.

A versão contada por Sérgio, que foi feito de refém desde a entrada até o salão do centro, concorda com o relato do palestrante da noite, Liszt Rangel, mas contradiz nota da Polícia, que afirmou que outro policial, em outro ambiente, teria atirado contra os suspeitos.

Sérgio declarou ainda que os quatro homens que o abordaram na entrada não sabiam que se tratava de um evento religioso.

"Surgiram quatro homens armados, agressivos, inquietos, que colocaram armas em nossas cabeças. Saíram nos levando 'o que é isso aí?'. Eu [disse] 'as pessoas estão rezando' [e o suspeito respondeu] 'Que nada q rezando'. Ele não sabia nem o que era", declarou. Outros relatos apontaram que dois dos suspeitos estavam infiltrados entre os frequentadores, fato desconhecido por ele.

Nota da Polícia

Em nota divulgada nesta quinta-feira (6), baseando-se ainda em informações "iniciais", a Polícia Civil de Pernambuco afirmou que o cabo Alexandro "foi executado de forma covarde quando tentou proteger sua vida e de outras pessoas que estavam no centro", mas não detalhou como o cabo teria agido para realizar essa proteção. Ainda segundo o texto divulgado mais de 20 horas após o crime, "outro policial, também estaria presente, quando teria escutado os disparos do primeiro andar do Grupo Espírita, e teria descido, entrando em confronto com os assaltantes". Com os tiros, Cleiton Fiorentino de Oliveira, de 23 anos, e Felipe Lima Ferreira da Silva, 18, tentaram fugir, mas caíram mortos na rua do centro. O terceiro suspeito baleado, Jefferson Gonçalo da Silva, 22, foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, mas foi transferido e está custodiado no Hospital Getúlio Vargas.

Questionado sobre a participação de um segundo PM no centro espírita, Sérgio afirmou não ter essa informação. Apesar do luto, ele não procurou um responsável para a morte da esposa. "Não vamos culpar ninguém. O policial não teve má intenção, só teve a intenção de ajudar. Não vou culpar Polícia, Governo, são as mazelas sociais", 

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