Uma nova paralisação de médicos da Prefeitura do Recife está sendo anunciada para a próxima semana. Entre os dias 8 e 12 (de segunda a sexta), apenas os os setores de urgência, emergência e maternidade estarão funcionando, como forma de protesto à falta de avanço nas negociações salariais e trabalhistas. A categoria já fez outros movimentos semelhantes, o último em setembro.
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Na segunda-feira, profissionais vão realizar atendimento gratuito, como aferição de pressão e glicose, das 9h às 14h, no Parque Treze de Maio, em Santo Amaro, área central do Recife.
A questão salarial já vem sendo negociada desde fevereiro do ano passado, sem sucesso. "Não houve cumprimento do que foi acordado em 2016, nem perspectiva para este ano. Nossa reivindicação é de 6% de aumento plurianual, retroativo a 2017, com base na inflação e 1,5% de aumento real. A Prefeitura sugeriu, no ano passado, 2%, condicionado à Lei de Responsabilidade Fiscal, mas tudo isso já caiu por terra, estamos na estaca zero", diz o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros.
INSEGURANÇA
Tadeu afirma que um dos pontos principais da negociação é a insegurança depois que tiraram os vigilantes das unidades de saúde. "Coincidência ou não, há um notório aumento da violência, como o roubo do carro de uma gerente dentro de um Posto de Saúde da Família (PSF) ”, observa. "Além disso, faltam medicamentos e materiais básicos. Há PSFs funcionando em casas sem nenhuma estrutura e é necessário concurso público para reposição de pessoal”.
A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da categoria está marcada para a sexta-feira (12), na sede da Associação Médica de Pernambuco (AMPE), para definir os rumos do movimento.