Os médicos da Prefeitura do Recife (PCR) iniciam nesta segunda-feira (4) uma paralisação de advertência que durará 72 horas. A categoria suspende as suas atividades para que sejam atendidas pela administração municipal uma série de reivindicações, como melhorias nas áreas de saúde, estrutura, abastecimento e recomposição das perdas salariais. Liderada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco, a decisão foi tomada durante a Assembleia Geral dos médicos do Recife na última quinta-feira (30). Apenas os serviços de maternidade, urgência e emergência serão mantidos.
Uma das principais queixas é a insegurança nos postos de trabalho, que incluem relatos de frutos, relatos e até agressões físicas e verbais. Além disso, segundo os médicos, há postos de saúde sem vigilante, problemas na estrutura física e falta de abastecimento de medicamentos. Outro ponto é a questão das escalas de trabalho, que não estariam completas com profissionais. Na pauta salarial, a categoria pede a recomposição das perdas inflacionárias na folha de pagamento.
Esta não é a primeira paralisação de advertência da categoria. Em setembro, os médicos paralisaram também durante 72 horas e e no início de novembro, por 48 horas, ambas com as mesma pauta de reivindicações que a atual. Em julho, em outra paralisação, um grupo de 50 profissionais fizeram um protesto na Unidade de Saúde da Família, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Segundo o sindicato, um acordo é buscado com a Prefeitura do Recife desde o mês de fevereiro deste ano.
“A categoria segue mobilizada em busca de uma saúde melhor para pacientes e usuários do SUS. Os profissionais cobram avanços nas áreas de segurança, infraestrutura, abastecimento de medicamentos e recomposição de perdas salariais”, afirmou o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros.
Reajuste
Em 2017, foi aprovada pela Câmara Municipal do Recife um reajuste do vale-refeição dos servidores municipais, que passou a ser de R$ 18 diários, e um abono salarial de R$ 300 para carga horária de 30 horas semanais e proporcional para as demais jornadas. O reajuste de 2% ficou submetido ao comportamento da receita. Só seria concedido caso o comprometimento com a folha saísse do limite de alerta, ficando igual ou menor a 48,6%.