Mais de cem imigrantes venezuelanos chegaram a Pernambuco, na tarde desta segunda-feira (17), vindos da cidade de Boa Vista, Roraima. Dos 117 que chegaram à capital pernambucana, 102 serão acolhidos pela Cáritas Brasileira – organismo da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – e 15 pela ONG Aldeias Infantis.
A atual crise socioeconômica da Venezuela se intensificou no governo do presidente Nicolás Maduro. De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 10 mil venezuelanos cruzaram a fronteira com o Brasil somente nos seis primeiros meses de 2018.
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Atividades
Após o desembarque, os venezuelanos acolhidos pela Cáritas chegaram à Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), para uma atividade de acolhimento. Durante a noite, os imigrantes irão a um jantar, oferecido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), por meio da executiva de Assistência Social.
Em seguida, eles serão transportados para os 12 imóveis alugados, onde ficarão abrigados, nos bairros da Boa Vista, Santo Amaro, Coelhos, Encruzilhada e Torreão. Esse grupo irá atuar num projeto financiado pela Cáritas, em parceria com o Instituto Humanitas, da Unicap, que funcionará na “Casa de Direitos”, inaugurada na última segunda-feira (10), no bloco E da universidade.
Igarassu
O grupo que seguiu para Igarassu vai se juntar a outros venezuelanos que já chegaram ao Estado no início do ano. No município, eles vão ficar sob a responsabilidade da ONG Aldeias Infantis.
Esta é a terceira vez, este ano, que Pernambuco recebe venezuelanos. Em abril, o Governo Federal iniciou o processo de interiorização do fluxo migratório desses estrangeiros.
Em 3 de julho, a capital pernambucana recebeu os primeiros 115 venezuelanos vindos de Boa Vista (RR). Destes, setenta seguiram para o município de Igarassu, onde foram acolhidos nas Aldeias Infantis; e 45 tiveram como destino a cidade de João Pessoa (PB), para abrigamento pela Pastoral do Migrante. Em 18 de setembro chegaram mais 30 refugiados, que também ficaram nas Aldeias Infantis.