ARRASTÃO

Orquestrão do frevo para levantar poeira

O mais pernambucano dos ritmos comanda o último dia da festa

JC Online
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Publicado em 28/02/2017 às 12:46
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O mais pernambucano dos ritmos comanda o último dia da festa - FOTO: Foto: JC Imagem
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A Terça-Feira Gorda virou sinônimo de arrastão. Calma! Este é muito bem-vindo. Ansiosamente aguardado até. É embalado pelo mais pernambucano dos ritmos. Movido pela embriaguez do frevo, aquele “que entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé”. Mas quem disse que é preciso ter pressa? Até a madrugada da quarta-feira ingrata (01) chegar, vai rolar muita música, dança e diversão nos quatro cantos da ilha que, há quase duas décadas, virou o quartel-general do frevo. 

Como não é possível barrar a contagem regressiva, a ordem é multiplicar a energia e aproveitar as horas que ainda restam.

No polo do Arsenal, a cantora carioca Teresa Cristina volta ao Carnaval do Recife, trazendo composições de grandes mestres do samba. A artista traz para o Bairro do Recife o elogiadíssimo projeto "Teresa Canta Cartola: Um Poeta de Mangueira", para a alegria dos amantes do gênio da escola Verde e Rosa. No repertório da apresentação, não vão faltar clássicos como O Mundo É um Moinho, Alvorada, Tive Sim, As Rosas Não Falam, entre outros grandes sucessos do mestre da Mangueira. Vale a pena se programar: a cantora sobe ao palco por volta da meia-noite.

Quarta-feira ingrata

O último dia da festa abre espaço para o Carnaval campeão. No palco do Marco Zero, a partir das 15h30, vão desfilar as agremiações que conquistaram o troféu no ano passado, em diferentes categorias. Ao todo, são 13 grupos, representando boi, maracatu, caboclinho, urso, clube, troça, afoxé e escola de samba.

A noite segue no principal polo da folia no Bairro do Recife com o cantor André Rio e, na sequência, o maestro Duda. A partir das 23h, sobem ao palco, em momentos diferentes, três grandes amigos e velhos conhecidos dos foliões pernambucanos. O primeiro deles é Geraldo Azevedo. Depois o bicho maluco beleza Alceu Valença e, por último, encerrando a noite, a paraibana mais pernambucana de todas, Elba Ramalho.

E quem disse que os foliões cansam? Madrugada adentro, já esperando o dia amanhecer, é a vez do maestro Spok comandar um timaço de músicos e maestros para varrer com suas orquestras quem não quer nem saber de Cinzas nem tão pouco do fim do Carnaval. É a apoteose do frevo que abre caminho, já saudando o Carnaval de 2018.

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