Um passeio pela história do mais pernambucano dos ritmos. Assim foi a abertura do Carnaval no Recife, no dia em que o frevo celebrou seus 111 anos. A festa reuniu uma multidão no Recife Antigo na noite dessa sexta-feria (9) e foi muito elogiada pelos foliões. As boas-vindas aos dias momescos tiveram o tom saudoso dos antigos Carnavais e foram marcadas por homenagens aos blocos mais tradicionais do Estado. O ponto alto da noite foi a apresentação dos homenageados Nena Queiroga e Jota Michiles e seus convidados.
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A folia começou na Avenida Rio Branco, por volta das 18h30. Nem mesmo a chuva que caiu na capital frustrou a alegria dos foliões que participaram do Arrastão do Frevo, no entorno do Marco Zero. À frente do cortejo, capoeiristas lembraram o dobrado, como convite a visitar as origens do ritmo que é a cara de Pernambuco.
Após a chegada ao Marco Zero, a festa foi comandada pelo Quinteto Violado, que conduziu o espetáculo O Frevo Para o Mundo. Subiram ao palco passistas e os estandartes de vários dos blocos mais tradicionais, como Madeira do Rosarinho, Banhistas do Pina, Amante das Flores, Bloco da Saudade e Boêmios da Boa Vista.
Em seguida, foi a vez dos homenageados fazerem a alegria dos foliões. Jota Michiles subiu ao palco com convidados que marcaram gerações nos Carnavais recifenses, como Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. O show de Nena Queiroga contou com as participações de Lenine, Lula Queiroga e Luiza Possi. “São duas pessoas muito importantes. Jota Michiles é um dos maiores compositores de frevo da atualidade, uma nova geração. Nena foi a primeira mulher puxadora de trio; é uma homenagem super merecida”, destacou a cantora Elba Ramalho.
MARACATU
Os foliões aprovaram a abertura, mesmo sem a presença dos tradicionais maracatus, que remetem a uma das figuras mais queridas do Carnaval: Naná Vasconcelos. O Encontro de Nações foi adiantado em um dia, tendo sido realizado na quinta-feira. “Eu adoro maracatu, mas aprovei a abertura com os diferentes tipos de frevo, do antigo ao moderno”, destacou a assistente social Ednalda Barbosa, 57 anos, que há meio século acompanha a folia. “O maracatu encerrou com grande estilo o período pré-carnavalesco na nossa cidade. O Recife não perdeu o maracatu na abertura, mas ganhou mais um dia de festa”, argumentou o secretário-executivo de Cultura do Recife, Eduardo Vasconcelos.