A partir deste sábado (11), mais quatro linhas de ônibus que circulam na Avenida Caxangá, na Zona Oeste do Recife, terão suas operações alteradas e passarão a fazer integração temporal com as estação de BRT. As mudanças tiveram início no último sábado (4) e foram desaprovadas pelos usuários. Agora, é a vez das linhas 416 - Roda de Fogo, 421 - Torrões, 422 - Monsenhor Fabrício e 425 - Barbalho (Detran).
Ao todo, oito linhas de ônibus sofrerão as alterações, o que impacta a vida de 27 mil passageiros por dia, de acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte. É importante lembrar que as mudanças só valem para quem utilizar o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). Os usuários das linhas que estiverem indo para o Centro do Recife terão que desembarcar na Avenida Caxangá e, em no máximo duas horas, entrar em uma estação de BRT do Corredor Leste-Oeste. No último sábado (4), as linhas 413 - Avenida do Forte, 415 - Sítio das Palmeiras, 423 - Engenho do Meio e 433 - Brasilit já tiveram suas operações alteradas. No primeiro dia útil após a mudança, na segunda-feira (6), muitos usuários reclamaram e desaprovaram a novidade.
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Para o aposentado Alexandre Oliveira da Silva, que é passageiro da linha 433 - Brasilit, a mudança foi negativa. "Eu vinha sentado na linha Brasilit, agora vou ter que pegar o BRT cheio e ir em pé até a cidade. Eu recebi o VEM (Vale Eletrônico Metropolitano) na associação de moradores na sexta. Eu achava melhor ir direto", relatou, em entrevista ao Jornal do Commercio. O passageiro Emerson Gomes concorda com Alexandre. "O grande problema é que antigamente tinha uma opção direta para a Conde da Boa Vista. Hoje, você vai ter que pegar três ônibus e fazer o deslocamento a pé, porque o BRT passa na Boa Vista, mas não para", acrescentou.
Protesto
As alterações das linhas motivaram um protesto, que ocorreu na sexta-feira (3), no terminal de Engenho do Meio. "Vamos ter que pegar o Engenho do Meio, descer na Caxangá e pegar um BRT. Em seguida, vamos descer no Derby e pegar mais um para Conde da Boa Vista. A mudança complicou muito", afirmou um dos organizadores do protesto, Fagner Góes.