*Com informações de Rafael Carneiro, da Rádio Jornal
Quem foi à sede do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, encontrou as portas fechadas na manhã desta sexta-feira (17). Apesar de ter sido decretada ilegal pela Justiça, na tarde dessa quinta-feira (16), e ter sido dado o prazo de 24h para o retorno às atividades, os servidores do órgão continuam com as atividades paralisadas.
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A decisão, do desembargador Eduardo Augusto de Paurá, também determina que, se a categoria não voltar às atividades, será aplicada uma multa diária de R$ 30 mil. "Quero dizer que não foi decretada a ilegalidade. Foi instituída uma multa, nos dando o direito de defesa. Vamos fazer a defesa e continuar nosso movimento", declarou, à Rádio Jornal, Alexandre Bulhões, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-PE (Sindetran-PE). A greve teve início na última segunda-feira (13). Cerca de 1.300 servidores cruzaram os braços.
O estudante de educação física, Josenildo Júnior, esteve na sede do Detran-PE na manhã de hoje para pegar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas não foi atendido. "Eu fiz o agendamento e fui informado, agora de manhã, que não teria atendimento. É um absurdo ficar 100% dos servidores sem trabalhar. A gente sabe que o correto é 30%. Esta greve é injusta com o cidadão e prejudica todo mundo", relatou o estadutante. A dona de casa, Luciana Maria, compartilha da opinião de Josenildo. "A gente fica com a habilitação presa. Se amanhã eu for pega em uma blitz, ninguém vai me ajudar", acrescenta.
Greve
Após uma assembleia realizada na quarta-feira (8) pelo Sindetran-PE, na sede do órgão, a categoria deu o prazo ao Governo de Pernambuco até a segunda-feira (13) para que houvesse diálogo sobre a pauta de reivindicações. Como não houve, os servidores decretaram greve.
Segundo o Sindicato, a greve acontece devido ao não cumprimento dos acordos firmados com o Governo em 2015 e 2016. A categoria pede a contratação de plano de saúde, pagamento de adicional de insalubridade para os funcionários que trabalham em vistoria de veículos e pagamento de gratificação para os servidores que trabalham no pátio de exames. Além disto, a categoria pede a reposição salarial de 27% e reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV).