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Contra Uber, taxistas ameaçam parar a Avenida Agamenon Magalhães

Protesto começa às 6h desta segunda-feira, em frente ao Classic Hall, em Olinda, e segue pela Agamenon até o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano

Da editoria de Cidades
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Publicado em 19/06/2017 às 4:44
Michelle Souza/Acervo JC Imagem
Protesto começa às 6h desta segunda-feira, em frente ao Classic Hall, em Olinda, e segue pela Agamenon até o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano - FOTO: Michelle Souza/Acervo JC Imagem
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A partir das 6h desta segunda-feira (19), taxistas do Grande Recife reúnem-se em frente ao Classic Hall, em Olinda, para protestar contra a liminar, concedida em outubro, que garante aos motoristas autônomos, vinculados à empresa Uber, o direito de trabalhar no serviço privado de transporte individual. Às 8h, os taxistas prometem iniciar uma carreata até o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife.

“Vamos seguir pela avenida com dois trios elétricos. Somos contra a clandestinidade. Não concordamos com a forma com que esses motoristas trabalham. Vamos pedir um parecer, ao poder judiciário, sobre a liminar. A intenção é permanecer nos dois sentidos da Avenida Agamenon Magalhães e, pela quantidade de carros da frota do Grande Recife, certamente haverá congestionamento”, informa o presidente da Frente dos Taxistas de Pernambuco (Frentaxi-PE), Valmir Teixeira da Silva.

Onze dos catorze municípios do Grande Recife, segundo ele, foram notificados sobre o protesto. “Só a frota da capital é composta por 6.124 veículos, além dos 18 mil motoristas auxiliares. Em Olinda, são cerca de 880 carros; em Jaboatão dos Guararapes e em Paulista, são mais mil (cada um dos municípios), em média”, diz Valmir. Ele acrescenta que a mobilização só será encerrada depois que o judiciário se posicionar sobre a liminar. “Só vamos sair de lá (do fórum) depois que tivermos um parecer do juiz. Nosso movimento é para que a Lei nº 12.468 (regulamenta a profissão de taxista) seja cumprida.”

Presidente da Cooperativa de Rádio Táxi de Ipojuca, Carlos Nunes destaca que a intenção do protesto é impedir que motoristas de carros particulares continuem realizando serviços que vão de encontro à lei. “Temos falhas? Temos! Mas o nosso serviço tem qualidade e oferece segurança”, garante Carlos.

PROTESTOS

Em março, o Uber completou um ano de funcionamento no Recife em meio a polêmicas. Ao longo desse período, vários protestos foram realizados por taxistas contra o funcionamento do serviço, que foi inicialmente bem avaliado pelos usuários devido à qualidade e aos baixos preços das corridas. A resposta da concorrência foi imediata: no mesmo mês da chegada do Uber, os taxistas realizaram o primeiro de uma série de protestos.

Em outubro do ano passado, uma liminar concedida pelo juiz Haroldo Carneiro Leão, da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital, garantiu aos motoristas o direito de trabalhar no serviço, proibindo a Prefeitura do Recife autuá-los. Em Olinda e Jaboatão dos Guararapes, o Ministério Público Federal enviou um pedido para que as prefeituras não aplicassem leis que proíbam o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos. Desde o funcionamento, o aplicativo tem passado por mudanças, como dar possibilidade de os usuários pagarem suas corridas em dinheiro e retirar o multiplicador do preço dinâmico das corridas.

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