Notificação

Ordem de 50% dos ônibus circulando no pico só será cumprida nesta quarta

Presidente do Sindicato dos Rodoviários afirma que só nesta terça que foram notificados oficialmente pela justiça

JC Online
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Publicado em 04/07/2017 às 15:00
Foto: Guga Matos/JC Imagem
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A determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), de que haja 50% da frota dos ônibus circulando no Recife e Região Metropolitana durante horário de pico (5h às 9h e 16h às 21h) no período da greve só será cumprida pelo Sindicato dos Rodoviários (STTREPE) nesta quarta-feira (5). A entidade, segundo o presidente Benilson Custódio, só foi notificada oficialmente pela justiça nesta terça (4). 

De acordo com o último balanço realizado pelo Grande Recife Consórcio de Transportes, na manhã desta terça, 36% dos veículos estavam nas ruas do Grande Recife. Na hora do pico, esse índice foi menor ainda - 27% segundo o órgão gestor dos ônibus, sendo aumentado gradativamente. Após a audiência de conciliação realizada no começo da tarde desta terça, Benilson declarou que vai fazer o índice ser cumprido, "para ter o direito da legalidade da greve assegurado". 

BRT

Muitos usuários do sistema de BRT afirmam que as estações do serviço andam fechadas e os veículos sem circular. Questionada sobre o assunto, a Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de ônibus, negou o assunto: "Há alguns BRTs rodando". A quantidade reduzida, segundo a entidade, é porque nem todo motorista é apto para conduzir o veículo tipo BRT. "O motorista de BRT é treinado especificamente, por o veículo ter muita coisa diferente. Se ele não aparece, não dá pra colocar outro no lugar", concluiu.

Demora nas paradas e TI fechado

Pela manhã, inúmeros foram os relatos de passageiros com problemas. No Terminal da Macaxeira, Zona Norte do Recife, o segurança Ewerton Luiz, por volta das 6h30, disse que aguardava transporte há uma hora. Na Zona Oeste, Érika Ferreira, om um filho nos braços, penou no TI Barro: "Saí de Igarassu. Faz mais de meia hora que não passa ônibus para me levar até Coqueiral".

Já em Paulista, o TI Pelópidas Silveira está fechado. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, os terminais das extremidades, como o Igarassu e o Abreu e Lima, foram priorizados. E como as linhas que levam os usuários para os bairros não estão operando, em virtude da greve, o TI Pelópidas foi desativado. O equipamento normalmente é utilizado por cerca de 69 mil pessoas todos os dias.

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Avenida Guararapes com pouquíssimos ônibus nesta terça-feira (4) - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Na Zona Norte, tem ônibus circulando - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Grande corredor de ônibus da cidade, Conde da Boa Vista está vazia - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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No Pina, Zona Sul, a espera é grande - Foto: Leo Motta/ JC Imagem
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No T.I. do Barro, Zona Oeste, nem sinal do transporte - Foto: Guga Mattos/JC Imagem
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Avenida Conde da Boa Vista, Centro, quase deserta - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Aumento da circulação de carros já dificulta trânsito na Avenida Norte - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Na Avenida Presidente Kennedy, pouco ônibus e muita gente nas paradas - Foto: Rafael Carneiro/SJCC
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Muita gente espera nas paradas de ônibus em Olinda - Foto: Rafael Carneiro/SJCC
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No T.I. Macaxeira, a espera é grande - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Muita gente nas filas - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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ônibus demoram para chegar às plataformas - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Em Piedade, paradas também lotadas - Foto: Arnado Carvalho/JC Imagem
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Na Avenida Guararapes pouca gente se arrisca a esperar um transporte - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Ônibus lotados na Zona Sul - Foto: Leo Motta/ JC Imagem
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frota reduzida, prejudica locomoção dos passageiros - Foto: Leo Motta/ JC Imagem
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Muita gente aguarda no terminal do Barro - Foto: Guga Mattos/JC Imagem

Dissídio nas mãos do TRT

Caberá ao plenário do TRT definir o percentual que motoristas, cobradores e fiscais de ônibus terão de reajuste salarial. O julgamento será nesta quarta-feira (05), a partir das 14h. A reivindicação dos grevistas é de reajuste de 7% no piso salarial e 20% no vale-alimentação. 

"Tentamos todos os meios de negociar, mas por intransigência do patronato, não chegamos a um acordo. Eles querem implantar novas cláusulas sem oferecer nada em troca, o que seria prejudicial ao trabalhador. Vamos aguardar o julgamento do dissídio pelo TRT", comentou o presidente do sindicato dos rodoviários, Benílson Custódio.

Já Fernando bandeira, presidente da Urbana, declarou: "Temos que esperar o julgamento do dissídio amanhã pelos desembargadores. A obrigação, após o julgamento, é todos voltarem ao trabalho, é o que manda a legislação".

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