Em depoimento prestado à Polícia Civil, o estudante universitário João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, que teve prisão preventiva decretada após matar duas pessoas ao dirigir embriagado, afirmou ser dependente químico e que já frequentou uma clínica de reabilitação. As informações foram repassadas pelo delegado Ricardo Silveira, que comentou que João Victor não se lembra do acidente que deixou duas mulheres mortas e outras quatro pessoas feridas, incluindo o próprio estudante, no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, na noite desse domingo (26).
"Ele afirmou que pegou o carro do pai, na sua residência, sem o consentimento dele e não se lembra sequer de ter ido ao bar ou se envolvido em uma colisão", declarou o delegado. Em teste de alcoolemia realizado na Unidade de Pronto Atendimento da Caxangá, na Zona Oeste do Recife, para onde João Victor foi levado após o acidente, o resultado apontou 1,03 mg de álcool por litro de sangue. Pela lei brasileira, o máximo permitido é de 0,05 mg de álcool por litro de sangue. "Em alguns momentos, durante a realização do teste na UPA, ele teria confessado que tinha 'feito besteira' e que não podia beber", completou o delegado.
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O estudante foi autuado por duplo homicídio doloso e três lesões gravíssimas, quando há inten
ção de matar ou se assume o risco. O delegado acrescentou que, caso seja confirmado que a babá, Roseane Maria de Brito, de 23 anos, estava grávida, ele também responderá pela morte do bebê. O caso deverá ser investigado pela delegacia de Casa Amarela.
Entenda o caso
Duas mulheres morreram e quatro pessoas, incluindo duas crianças, ficaram feridas no acidente, que aconteceu por volta das 19h30 desse domingo (26), no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife. Um vídeo gravado por câmeras de circuito interno de segurança mostra o momento exato em que aconteceu a colisão. Na imagem é possível observar quando o Ford Fusion avança o sinal, em alta velocidade e colide na lateral de um SUV Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas, incluindo duas crianças.
João, que conduzia o Ford Fusion, teve ferimentos leves e foi levado para a UPA da Caxangá, na Zona Oeste do Recife, onde fez teste de alcoolemia, que apontou 1,03 mg de álcool por litro de sangue. Pela lei brasileira, o máximo permitido é de 0,05 mg de álcool por litro de sangue. Victor foi levado para a Central de Plantão da Capital.
No outro veículo estavam cinco pessoas. A advogada Maria Emília Guimarães, de 39 anos e a babá, Roseane Maria de Brito, de 23 anos, que segundo familiares, estava grávida, chegaram a ser socorridas para o Hospital da Restauração, mas não resistiram aos ferimentos e faleceram. O condutor do SUV, Miguel Filho Motta Silveira, 46 anos, ficou ferido e foi levado para o Hospital Santa Joana. Os filhos do casal também ficaram feridos. Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de 3 anos, foi encaminhado para o Hospital Santa Joana. A irmã dele, Marcela Guimarães Motta Silveira, de 5 anos, foi para o HR.
Histórico
O Fusion tem várias multas por excesso de velocidade, avanço de sinal e pelo motorista falar ao telefone no trânsito. Não é possível afirmar, entretanto, se as multas são relacionadas a Victor.