HCP

Mês de Novembro marca os 70 anos do Hospital do Câncer

Campanha de aniversário, intitulada Abrace o HCP, incentiva a troca de carinhos, sentimento que marca a história do hospital.

Amanda Duarte
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Amanda Duarte
Publicado em 28/11/2015 às 6:30
Foto: Fernando da Hora/ JC Imagem
Campanha de aniversário, intitulada Abrace o HCP, incentiva a troca de carinhos, sentimento que marca a história do hospital. - FOTO: Foto: Fernando da Hora/ JC Imagem
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Falar sobre os 70 anos de história do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), é falar sobre a vida e a perseverança dos pernambucanos. Com a missão de receber os pacientes de forma humanizada, o HCP cativou uma rede invisível de colaboradores que sustenta o hospital. "Nós enxergamos o paciente como um todo, porque o câncer não afeta uma pessoa só, a família inteira se envolve e precisa ser levada em conta no tratamento", explica Hélio Fonseca, superintendente geral.

O carinho no atendimento fez a diferença na vida da artesã Maria das Graças de Abuquerque, 62, que descobriu um tumor na mama em agosto de 1995. Ela fez a cirugia no HCP e lá mesmo descobriu um grupo de apoio para mulheres na mesma situação, o Espaço Renascer. "Eu me engajei no grupo e três anos depois de curar o câncer voltei para o hospital, mas como voluntária. Hoje em dia, quando não posso ir, fico preocupada", conta.

O segredo para oferecer um tratamento global é contar com uma equipe que, além de médicos, oferece serviço social, de psicologia e nutrição. O oncologista Raphael Santos garante que a humanização contribui para o bem estar dos pacientes. “Precisamos tratar o corpo e o espírito, para isso levamos em consideração a realidade social de quem chega aqui. Muitos vêm do interior e nós internamos porque sabemos que eles não têm condições de se tratar em casa”, explica.

Mas quem conhece o HCP, sabe que o carinho vem de longa data. Fundado em 1945, o Hospital do Câncer alcançou o auge nas décadas de 50,60 e 70. A unidade passou por uma grave crise financeira no início dos anos 2000, quando acumulou R$54 milhões em dívidas com fornecedores e quase fechou as portas. A volta por cima se deu sob intervenção do governo do Estado, de 2007 a 2014. Hoje, o hospital caminha com gestão própria e acumula projetos para qualificar o atendimento.

“Todos que fazem o HCP têm muito compromisso e força de vontade. Mesmo nos períodos de dificuldade, permanecemos olhando o lado positivo, sem desistir”, comenta o superintendente geral. Hélio Fonseca ainda destaca que, após se reerguer, o hospital está preocupado com o legado. 

Para isso, a unidade está investindo em inovação. O ensino e a pesquisa voltaram a ganhar destaque, com o início de um programa de pós-graduação e planejamento para a criação de bolsas de iniciação científica. As residências médicas também foram retomadas, aliadas ao investimento na área de captação de recursos. “Nós temos muitos sonhos, melhoria em tecnologia, por exemplo, é uma busca cada vez maior”, continua Fonseca. 

Para comemorar os 70 anos da unidade, a campanha Abrace o HCP incentiva a troca de carinhos, sentimento que marca a história do hospital. “É para abraçar o Hospital do Câncer como uma instituição patrimônio do povo pernambucano e que precisa continuadamente da ajuda de todos para permanecer vivo e lutar pela vida dos seus pacientes".

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