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Recife vacina cães e gatos para aumentar cobertura contra raiva

Equipes da secretaria de saúde também visitaram residências na região central do Recife para vacinar animais

Da editoria de Cidades
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Publicado em 01/07/2017 às 17:05
Foto: Felipe Jordão/JC Imagem
Equipes da secretaria de saúde também visitaram residências na região central do Recife para vacinar animais - FOTO: Foto: Felipe Jordão/JC Imagem
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Na tentativa de reforçar o bloqueio vacinal no Centro do Recife, a prefeitura realizou neste sábado (1º) a vacinação de cães e gatos na capital. Houve intensificação do trabalho no trecho porque foi lá onde o gato de rua responsável pela transmissão da raiva para a paciente Adriana Vicente da Silva, 36 anos, circulava. A comerciante faleceu na última quinta e a suspeita é que ela tenha morrido por raiva humana. O sepultamento aconteceu, ontem, no cemitério de Santo Amaro.

Além da vacinação passiva, quando os responsáveis levam os animais até as equipes de saúde, houve também um trabalho porta a porta para identificar e vacinar. A ação se estende até a próxima quarta-feira. São 18 postos fixos para que as pessoas vacinem os bichos. Dia 10 de junho, a prefeitura realizou o ‘Dia D’ de vacinação e imunizou 67,12% dos animais da cidade. A meta é atingir ao menos 80% da população de cães e gatos, estimada em mais de 209 mil bichos.

Jurandir Almeida, gerente do Centro de Vigilância Ambiental do Recife, explica que a vacinação está sendo reforçada nos locais onde não houve boa cobertura vacinal e no perímetro onde o animal foi encontrado, no bairro de Santo Amaro.

PORTA A PORTA

O trabalho de porta em porta acontece num raio de até cinco quilômetros do local onde houve o registro. Na conversa com os moradores, Jurandir também alerta para a presença de morcegos. “Peço para monitorarem e avisarem sobre os imóveis abandonados onde possam ter colônias do bicho”, diz.

A comerciante, que morreu por suspeita de raiva, estava internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz e, segundo a família, havia sido mordida por um gato, mas não tomou a vacina antirrábica. O hospital ainda aguarda o exame para confirmar se ela contraiu a doença.

Segundo o coordenador do CVA, fora da campanha oficial, os responsáveis pelos animais podem levá-los, em qualquer período do ano, a um dos oito distritos sanitários da cidade, ao CVA ou ao Hospital Veterinário para serem vacinados.

A relações públicas Luciana de Paula, 39 anos, levou a cachorrinha Mel para se proteger. Ela é envolvida na causa animal e explica que adotou o cãozinho, que era vítima de maus tratos. Luciana criticou a falta de políticas para animais de rua e destacou a importância dos voluntários para minimizar o problema. “Casos como esse só reforçam a falta de políticas na área de saúde ambiental para os animais de rua. São feitas campanha, mas grande parte do trabalho é ação dos atividades da causa animal”, disse.

A vacina é exclusiva para o tratamento profilático após agressão de animais, como cães, gatos e morcegos.

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