VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Médica estuprada em unidade de saúde de Capoeiras, no Agreste, pede transferência

Ministério da Saúde informou que a profissional deve ser transferida ainda esta semana.

Editoria de Cidades
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Publicado em 04/08/2016 às 7:55
Foto: Karina Zambrana /ASCOM/MS
Ministério da Saúde informou que a profissional deve ser transferida ainda esta semana. - FOTO: Foto: Karina Zambrana /ASCOM/MS
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A médica cubana, participante do Programa Mais Médicos, que foi vítima de abuso sexual dentro de uma unidade de saúde no município de Capoeiras, Agreste pernambucano, deve ser transferida até o fim da semana. Segundo o Ministério da Saúde, a profissional teria manifestado vontade de deixar o local após o crime cometido contra ela no início da semana. O processo de remanejamento foi iniciado nessa quarta-feira (03).

A cubana, que não teve nome nem idade divulgados, foi estuprada na tarde da segunda-feira (01). De acordo com a Delegacia de Capoeiras, um homem armado com uma faca entrou na Unidade de Saúde Municipal Gildo Marques por volta das 13h, fazendo a médica e uma técnica de enfermagem reféns. Ele roubou o celular das duas e, em seguida, trancou a cubana em um consultório, onde praticou o crime.

O boletim de ocorrência foi registrado em Garanhuns, porque a delegacia local estava fechada. A prefeita do município, Neide Reino, informou que está prestando assistência à médica, que trabalha há cerca de um ano na cidade. Outros dois profissionais do programa estão lotados em Capoeiras, sendo um deles o marido da vítima.

O delegado Flávio Pessoa, da seccional de Garanhuns, está à frente das investigações. Em nota, a Polícia Civil afirmou que já realizou ouvidas, coletou provas, solicitou as perícias necessárias e está reunindo imagens para tentar identificar o suspeito. À TV Jornal, a polícia disse possuir informações sobre outras duas pessoas que poderiam estar por trás do crime. Por causa das diligências, o delegado não vai se pronunciar sobre o caso.

O Ministério da Saúde garantiu que a médica recebeu assistência no SUS dentro do protocolo de Prevenção e Tratamento dos Agravos resultantes da violência sexual contra as mulheres: profilaxia e testes para a triagem e diagnóstico de HIV e hepatites.

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