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Menino Carlinhos é encontrado em Buenos Aires. Pai dele é preso

O menino foi levado pelo pai para as festas de fim de ano e deveria ter sido devolvido à mãe ainda em janeiro

JC Online
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Publicado em 15/09/2016 às 7:05
Foto: Pedro Alves/JC
O menino foi levado pelo pai para as festas de fim de ano e deveria ter sido devolvido à mãe ainda em janeiro - FOTO: Foto: Pedro Alves/JC
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Após sete meses de busca, a procura pelo menino Carlinhos Attias finalmente chegou ao fim. Foi preso na noite da quarta-feira (14), em Buenos Aires, o empresário argentino Carlos Attias, pai de Carlinhos. De acordo com a polícia argentina, o menino de nove anos foi recolhido a uma casa de apoio a menores e passa bem. Carlinhos tinha ido passar as festas de fim do ano na casa do pai e deveria ter sido devolvido ainda em janeiro para a mãe. O empresário estava foragido desde agosto deste ano.

No final do mês de agosto, o nome de Carlos Attias havia sido incluído na ‘’lista vermelha’’ da Interpol, sendo procurado em 192 países. Policiais brasileiros estão a caminho da Argentina, onde ficarão responsáveis por encaminhar tanto o pai quanto o filho para o Brasil, porém o retorno ainda está sem data definida, já que a mãe da criança precisa buscá-lo no exterior.

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No Brasil, o caso ficará sob responsabilidade da Polícia Civil e da Justiça Pernambucana. Por ter nacionalidade argentina e ter sido preso no país natal, ainda não se sabe se Carlos Attias será extraditado para cumprir pena no Brasil. Apesar disso, a polícia iniciará o processo de extradição à Justiça argentina ainda nesta semana.

Representante da Interpol no Recife, a delegada Mariana Cavalcanti explicou que houve a quebra de sigilo das comunicações do pai de Carlinhos, o que ajudou na localização dos dois. "Diligências também estavam sendo realizadas na Argentina, com uma lista de possíveis endereços onde ele poderia estar. Ainda não temos detalhes, porque a prisão foi realizada pela polícia de lá, mas a criança está bem, ao menos aparentemente, e estamos fazendo o possível para que o desfecho desta história seja o menos traumático possível para Carlinhos", afirmou.

Comovida com a notícia da localização do filho, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux, mãe de Carlinhos, não segurou a emoção quando perguntada sobre o quanto o desaparecimento do filho tem afetado a rotina da família. "Dias atrás fui a Buenos Aires apresentar um artigo que, inicialmente, me recusei a ir por achar que não teria forças. Recebi a notícia de madrugada, por volta das 1h, e desde então não dormi. Não vejo a hora de ter meu filho de novo em meus braços", desabafou Cláudia.

ENTENDA O CASO

Cláudia Boudoux procurou o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil no dia 9 de fevereiro para denunciar o desaparecimento do filho, então com oito anos. No dia seguinte, 10 de fevereiro, a fisioterapeuta se dirigiu à Polícia Federal (PF) para formalizar a denúncia, temendo que ele deixasse o País com o garoto. De acordo com Cláudia, na noite de Natal, um oficial de Justiça foi até sua casa com um mandado para que os dois filhos do casal, uma menina de dez anos e Carlinhos, fossem para a casa do pai.

Ela entrou em contato com seu advogado e foi orientada a não entregar as crianças. No dia seguinte, entretanto, os irmãos foram para a casa do pai. Eles deveriam voltar em dois dias, o que não aconteceu. Cláudia então procurou a Justiça e conseguiu uma ordem de busca e apreensão. Com um oficial de Justiça ela foi até os endereços do ex-marido, mas não o encontrou em casa nem na sua empresa. No dia 30 de dezembro, o pai conseguiu novamente na Justiça o direito de passar o reveillón com os filhos, devendo devolvê-los à mãe no dia 2 de janeiro, mas não cumpriu com o combinado. Nesta data, o empresário deixou apenas a filha mais velha do casal com a mãe.

 

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