Caso Beatriz

Gleide Ângelo irá assumir investigações do Caso Beatriz

Investigações do Caso Beatriz se arrastam há quase um ano e ninguém foi preso

JC Online
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Publicado em 09/12/2016 às 10:50
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Investigações do Caso Beatriz se arrastam há quase um ano e ninguém foi preso - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Atualizada às 11h57

A Delegada Gleide Ângelo, reconhecida pela resolução de casos de grande repercussão em Pernambuco, irá assumir o comando da operação que investiga o caso da menina Beatriz, assassinada há mais de um ano em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A informação foi anunciada na manhã desta terça-feira, durante uma coletiva realizada para divulgar novas informações sobre o caso.

Caso Beatriz se arrasta há um ano

As investigações sobre o caso da morte de Beatriz Mota está arrastado há praticamente um ano. Assassinada, no dia 10 de dezembro de 2015, a menina morreu após sofrer 42 facadas durante uma festa de formatura de segundo grau do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. Ela havia pedido à mãe para beber água e, cerca de 30 minutos depois, foi encontrada sem vida no depósito de materiais esportivos do colégio, junto com a faca que teria sido utilizada no crime. A menina morava na Bahia com a família e participava da festa de formatura da irmã. O pai de Beatriz é professor no Colégio Maria Auxiliadora.

A demora na resolução das investigações já rendeu diversos protestos de familiares e amigos da vítima, que cobram uma resposta sobre o caso. A polícia tem informações de que cinco pessoas participaram do homicídio, além de montar um retrato falado do suspeito de assassinar a garota, mas até o momento nenhuma pessoa foi presa.

Na quinta-feira (8), os pais de Beatriz, Sandro Romilton e Lucinha Mota, se reuniram pela manhã com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que disse ser possível a realização de uma cooperação da Polícia Federal junto com a Polícia Civil, para ajudar nas investigações. Moraes também teria se prontificado a entrar em contato com o Ministério Público de Pernambuco para uma eventual contribuição.

No mês de setembro, a Polícia Civil divulgou imagens de um homem suspeito de ter assassinado a criança. No vídeo aparece uma pessoa de cor negra, magra, cabelos cacheados, cerca de 1,65 metro de altura, vestindo camisa verde, calça jeans e sapatos fechados.

Em entrevista coletiva realizada também em setembro, o delegado Marceone Ferreira, responsável pela investigação, disse que a perícia identificou DNA masculino no cabo da faca encontrada ao lado do corpo da menina. Os exames também constataram DNA masculino embaixo das unhas da criança, diferente do material coletado no cabo da peixeira. “São dois perfis distintos.”

Para tentar identificar os assassinos, a polícia fez 65 exames comparativos de DNA com suspeitos do crime. Todos os resultados recebidos deram negativos até agora. O delegado também informou A perícia sexológica descartou a possibilidade de violência sexual contra a criança, informa o delegado.

Sobre Gleide Ângelo

Famosa por solucionar casos de grande reprcussão no estado, Gleide Ângelo é formada em administração e entrou na Polícia Civil há 13 anos, como agente. Ficou cinco anos na função, período em que estudou direito e passou no concurso de delegado, quando ainda cursava o 8º período. Atuou na Delegacia de Roubos e Furtos e no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), até ser transferida, em 2015, para a Delegacia de Olinda, onde está atualmente.

Gleide Ângelo começou a ganhar repercussão no Estado após a conclusão das investigações do Caso Jennifer Kloker, turista alemã que foi assassinada em fevereiro de 2010, em São Lourenço da Mata. Juntamente com o delegado Alfredo Jorge, ela desvendou o caso descobrindo que o assasinato da alemã foi tramado por sua sogra, que planejava ficar com um seguro de vida de R$ 1,2 milhão no nome da vítima. Na ocasião, o caso repercurtiu tanto no Brasil quanto no exterior.

Em seu último caso de repercurssão em Pernambuco, Gleide Ângelo ajudou a desvendar o caso do desaparecimento da pequena Júlia Cavalcanti de Alencar, na época com um ano e dez meses. Com seu comando, a polícia ajudou a descobrir o paradeiro da menina e de seu pai, Janderson Alencar, que raptou a menina em julho. Ele foi preso no Amapá, onde foi encontrado com a criança.

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