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Menor apreendido como suspeito de espancamento em Santo Amaro é considerado testemunha

Jovem de 17 anos foi apreendido durante abordagem de rotina pela Polícia Militar e moradores o teriam indicado como agressor

JC Online
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Publicado em 23/03/2017 às 23:38
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Jovem de 17 anos foi apreendido durante abordagem de rotina pela Polícia Militar e moradores o teriam indicado como agressor - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O delegado Diego Acioli, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) considerou que o menor apreendido pela Polícia Militar no final da tarde desta quinta-feira (23), suspeito de envolvimento na tortura de uma adolescente de 17 anos no bairro de Santo Amaro, é testemunha do caso e não participou da agressão. Segundo o delegado, ele chegou no local no momento do crime e presenciou o espacamento. Em depoimento, o adolescente afirmou que não tem relação de amizade com os agressores da jovem, mas sabe quem são eles. As informações passados pelo jovem confirmam a versão passada pela vítima da agressão.

Nessa quarta-feira (22), Felipe Henrique Matos, 22 anos, foi preso por participação na tortura. Ele aparece nas imagens de bermuda branca, cortando o cabelo da vítima. O detido já havia cumprido pela por homicídio durante dois anos e nove meses.

No telefone do menor constam vídeos feitos por outras pessoas. São os mesmos vídeos que estão sendo divulgados em redes sociais. "O que consta no telefone dele é o repasse de vídeo. Ele recebeu e repassou para outros grupos e outras pessoas", disse Acioli. A polícia já identificou as duas pessoas que filmaram a agressão. Trata-se de um homem e de uma mulher. Os dois estão foragidos.

O delegado também negou que a ordem para o espancamento da adolescente tenha partido de um presídio. Acioli informou que a vítima, quando prestou depoimento após receber alta do Hospital da Restauração, declarou que recebeu uma ligação de uma pessoa falando sobre a possível troca de informações entre facções rivais. A adolescente desconfiava que a chamada pode ter partido de dentro de um presídio por causa do barulho.

Após ser ouvido, o menor apreendido será liberado. "Ele está enquadrado como testemunhao ocular do fato. A Polícia Militar, quando tomou conhecimento do fato de participação dele, de maneira correta, trouxe para a delegacia e, após a análise dos fatos, nós constatamos que ele não participou da agressão. Foi ouvido na qualidade de testemunha e vai ser liberado", acrescentou.

DEMAIS SUSPEITOS

A polícia tem a identificação dos demais suspeitos de participarem da tortura. Pelo menos três pessoas continuam foragidas. "Estamos direcionando para, após a obtenção dos mandados de prisão e de busca e apreensão, uma vez que existem muitos menores envolvidos, os mandados sejam expedidos", explicou.

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