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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na manhã desta quinta-feira (21) uma operação para tentar desarticular uma quadrilha de traficantes de drogas que abastecia o Complexo do Curado com entorpecentes. Até às 8h, cinco pessoas foram presas e outras cinco, que já estavam presas, também tiveram novos mandados de prisão cumpridos. Quatro pessoas são consideradas foragidas.
De acordo com os policiais, os cinco detentos do sistema prisional estão sendo investigados sob suspeita de comandar o grupo criminoso. Os presos orquestravam, conforme nota enviada à imprensa pela Polícia Civil, os arremessos de entorpecentes e armas para dentro de presídios, como o Complexo do Curado, no Recife.
"Um dos detidos afirmou que a droga era arremessada diariamente para dentro do presídio. O líder já havia sido preso, mas precisava se manter no presídio traficando e ganhando dinheiro. O homem que arremessava recebia entre R$ 300 e R$ 500 por arremesso", afirmou o delegado, Joselito Kehrle, completando que não há indícios de que agentes do sistema prisional tenham participação na organização criminosa.
Operação Gol
As investigações que deram origem à Operação "Gol" foram realizadas pela delegacia de Jardim São Paulo, sob o comando da delegada Maria Antonieta. O nome da operação foi dada em referência a um dos investigados que já estava preso e que era o responsável por agarrar a droga que era arremessada. Este integrante da quadrilha era conhecido como "goleiro" dentro do grupo criminoso.
As investigações apontaram também que os criminosos retiraram câmeras de segurança do Complexo do Curado para evitar de ter imagens registradas durante os arremessos. A operação é coordenada pela Diretoria Integrada Metropolitana e supervisionada pela chefia da PCPE.