GRANDE RECIFE

Quadrilha que praticava assaltos e homicídios é desarticulada no Cabo

De acordo com a polícia, 16 pessoas foram presas; grupo praticou 27 homicídios, mas, com a prisão dos suspeitos, dois foram evitados

JC Online
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Publicado em 29/12/2017 às 19:38
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De acordo com a polícia, 16 pessoas foram presas; grupo praticou 27 homicídios, mas, com a prisão dos suspeitos, dois foram evitados - FOTO: Foto: PMPE
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Uma quadrilha que atuava em atividades como narcotráfico, assaltos e homicídios, no município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, foi desarticulada durante a Operação Castelo do Mar. Os detalhes das prisões e apreensões foram dados nesta sexta-feira (29), durante coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil.

Segundo o delegado Vicktor Melo, da Seccional do Cabo de Santo Agostinho, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e o total de 16 pessoas detidas (as outras três foram presas durante as investigações da operação, deflagrada em fevereiro deste ano). Entre os crimes praticados pelos criminosos, chama a atenção os homicídios. De acordo com o investigador, foram 27 ao todo. A maioria deles motivados por disputas internas. "Havia disputas de território para o tráfico de drogas. Alguns homicídios ocorreram por causa da partilha dos bens que eles roubavam", explicou o delegado. Dois homicídios, no entanto, foram evitados pelos policiais.

Durante as apreensões, outro fator chamou a atenção dos policiais: fardamentos utilizadas pelos agentes da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), encontrados na casa de um dos suspeitos. "Todas as informações indicam que eles utilizavam esses fardamentos como forma de se aproximar da vítima, denotando que eram policiais e para diminuir a possibilidade de resistência", disse o delegado. Além das fardas, também foram apreendidas munições calibres 762 e 38 e coldres (objeto utilizado para prender a arma no corpo).

Assaltos

O delegado também ressaltou o alto nível de organizações que os criminosos tinham. Segundo ele, mesmo com a prisão de dois membros da quadrilha, durante as investigações, o grupo conseguiu se reorganizar e continuar as práticas criminosas. "Ontem (quinta, 28), Alan Gustavo, líder da equipe, falou sobre o aparato de câmaras que instaladas para monitorar o entorno. Ele tentou evitar ser preso quando percebeu a aproximação dos policiais, mas não conseguiu", pontou Vicktor Melo.

O investigador também citou que um assalto ocorrido na agência dos Correios, no Cabo de Santo Agostinho, no início do ano, também pode ter sido trabalho da quadrilha.

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